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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus-Mateus 3:13


O Chamado
 William G. Johnsson
"Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser batizado por João." Mateus 3:13 NVI

“As novas do profeta do deserto [João Batista] e sua maravilhosa mensagem se espalharam por toda a Galiléia. A mensagem chegou aos camponeses das mais remotas cidades da montanha e aos pescadores da praia, encontrando, nesses corações simples e sinceros, a mais genuína aceitação. Em Nazaré repercutiu na oficina de carpintaria que fora de José, e houve Alguém que reconheceu o chamado. Seu tempo chegara. Afastando-Se de Seu diário labor, despediu-Se de Sua mãe, e seguiu os passos dos compatriotas que afluíam em multidões ao Jordão” ( O Desejado de Todas as Nações, 109).

Como Jesus soube que seu tempo havia chegado?

Ele estava agora com 30 anos (Lucas 5:23) – uma idade imprópria para ações precipitadas. Nazaré podia ser pequena, contudo significava repouso e segurança.

Mas quando Jesus fechou a porta da carpintaria, escolheu o desconhecido. Optou por caminhos arriscados, em vez de segurança, por acontecimentos imprevisíveis, incompreensões e abusos. Optou finalmente – por uma cruz.

Deus chama. Ninguém pode explicar como, quando ou por quê. Há falsos chamados – Deus não chama a todos que se sentem chamados; mas Deus chama.

E quando Deus chama, o coração tem que responder. Precisa comparar Nazaré com o Calvário.

Durante três anos trabalhei como químico industrial. Aos 19 anos, eu tinha me formado Bacharel em Tecnologia, havia sido absorvido pela indústria e passei a trabalhar numa bancada de laboratório com pesquisa e desenvolvimento.

Eu tinha amigos, o salário era bom, o trabalho oferecia segurança e perspectivas de promoção. Mas um dia deixei tudo para trás. Por alguns meses eu vinha lutando com um senso do chamado de Deus, tentando convencer a Deus e a mim mesmo de que aquilo não era para mim. Finalmente me rendi ao imperativo divino. Escrevi uma carta de demissão e deixei-a sobre a mesa do químico-chefe.

Ele ficou surpreso, chocado. Pensou a princípio que eu havia recebido uma oferta irrecusável de uma empresa rival da mesma cidade. Quando eu lhe disse que estava desistindo da química – apesar do meu amor por ela – em prol de uma perspectiva incerta no ministério, ele ficou me olhando surpreso, sem entender.

Deus chama. Essa foi a decisão mais difícil da minha vida. De longe mais difícil que o convite que recebi três anos depois para trabalhar na Índia.

Diante do chamado, Jesus fechou a loja, disse adeus a Maria, e partiu para o Jordão. Alegro-me que Ele tenha feito isso: Seu senso de missão me concede um lugar no mundo.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor. Quando for chamado para lugares de serviço e utilidade, dá-me coragem para deixar tudo para trás a fim de cumprir minha missão no mundo.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Mateus 2:10


Alegres por ver a estrela
Autor: William G. Johnsson

Quando viram a estrela, eles ficaram muito alegres e felizes. Mateus 2:10 NTLH

Embora a tradição tenha dado aos Magos os nomes de Gaspar, Baltazar e Melchior, não sabemos dos seus verdadeiros nomes. Nem sequer sabemos que eles eram em número de três – esta é outra lenda, baseada no relato apresentado no Evangelho de Mateus de que eles trouxeram três tipos de presentes – ouro, mirra e incenso (Mt 2:11). Apesar das encenações de Natal, muitas vezes apresentarem "Os Três Reis Magos", pode ter havido mais. Curiosamente, a escritora  Ellen White em nenhum lugar afirma que eles eram apenas três.

A escritora esclarece outros aspectos, entretanto. Ela identifica os Magos como "filósofos", e os inclui entre os "justos que estudavam as indicações da Providência na natureza, e foram homenageados por sua integridade e sabedoria" (O Desejado de Todas as Nações, p. 59).

Fico intrigado com estes homens. De onde vieram? O que aconteceu com eles depois? Será que mais tarde souberam acerca da morte de Jesus no Calvário? Será que tornaram-se discípulos, seguidores, em uma terra distante, muito antes da boa notícia chegar por meio de missionários?

E a estrela - o que dizer sobre ela? Os magos a observaram – um corpo celeste novo, brilhante – e viram nela o cumprimento da profecia de Balaão dada 1.400 anos antes: "Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel." (Números 24 : 17 NVI).

Mas por que os judeus não perceberam a estrela? Ou se perceberam, porque também não a seguiram até Belém? Pois sabemos que a estrela “foi adiante” dos magos e permaneceu exatamente em cima da casa onde estava o menino Jesus (Mateus 2:9).

A resposta para estas questões só podem ser - discernimento. Os magos estavam abertos para Deus. Eles estavam prontos para ver, prontos para perceber, prontos para serem conduzidos.

E assim eles, e não o sumo sacerdote, ou os teólogos, ou o rei, foram conduzidos a Belém.

Talvez a estrela ainda brilhe. Talvez aqueles cujos olhos estejam abertos hoje, verão o sinal de Deus e o seguirão, trazendo seus presentes de amor para depositar aos pés do menino Jesus.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Ó Deus da estrela que antigamente conduziu os Sábios ao Menino de Belém. Assim como os Magos, quero me alegrar com a Tua estrela. Abre meus olhos para o caminho da Tua vontade hoje.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Galatas 4:4


Preparados para a Sua vinda
Autor: William G. Johnsson

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da Lei. Gálatas 4:4 NVI

Como as estrelas possuem rotas pré-estabelecidas assim também os propósitos de Deus não conhecem adiantamento ou tardança. Tomamos o jornal e lemos a respeito de assassinatos, roubos, e notícias de guerras em lugares distantes. O curso da história humana parece sem propósito, produto de eventos aleatórios. Mas se pudéssemos retirar a cortina do mundo e olhar para o todo como Deus olha, veríamos o Eterno trabalhando de modo silencioso e metódico para a realização da Sua vontade.

Cristo veio na plenitude dos tempos. Deus havia preparado o mundo para a Sua vinda. Ele chegou num momento oportuno - o mundo estava mais pacífico, mais unificado, mais conectado do que tinha estado por séculos ou estaria novamente apenas séculos mais tarde.

Roma dominava o mundo, a Pax Romana (“paz de Roma"), apesar de alguma opressão, trouxe estabilidade e segurança a uma grande parte do globo. O Latim, a língua da administração, e o Grego, a língua da literatura, uniram diversas culturas. As estradas eram seguras para os viajantes, assim como eram os mares - Roma subjugou os piratas. Roma construiu uma rede de estradas principais, pavimentadas, que se dirigiam, como artérias, para o coração do império que ficava às margens do rio Tibre. E Roma estabeleceu um sistema postal; mensageiros corriam ao longo das estradas, levando mensagens aos postos avançados do império.

Deus tinha preparado o mundo de outras maneiras. O sistema filosófico grego e a religião tradicional baseada em deuses haviam fracassado. A filosofia apontava para a vida boa e para o homem bom, mas não podia fornecer o poder para torná-los realidade. As pessoas estavam insatisfeitas com o culto das divindades gregas e romanas – os deuses pareciam remotos, isolados das preocupações da vida cotidiana. Homens e mulheres clamavam por um líder espiritual.

E então ele veio. Veio na plenitude dos tempos.

Ele virá novamente na plenitude do tempo de Deus. Embora a Sua vinda pareça estar demorando muito, Deus ainda está no controle e enviará o Seu Filho, uma vez mais, quando o momento certo chegar.

Assim como o evangelho se espalhou como fogo no segundo século, assim também hoje está sendo transmitido de aldeia em aldeia, de lugares montanhosos a lugares remotos na selva. Em breve o evangelho terá alcançado toda criatura debaixo do céu e Jesus voltará (Mt 24:14).

Deus está preparando o mundo para a Segunda Vinda de Cristo. Tenho permitido que Ele me prepare também?
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

O rádio, a TV e a Internet unem o mundo e possibilitam a rápida propagação do evangelho. Ensina-me, Senhor, a Te amar de todo o coração para assim estar pronto para a Tua vinda.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Mateus 2:16


As camas vazias de Belém
Autor: William G. Johnsson

Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos magos. Mateus 2:16 NVI

Embora nenhum documento da história romana registre a matança dos bebês de Belém ordenada por Herodes, sua ação diabólica está em plena harmonia com seus outros atos de atrocidade e crueldade dos quais temos conhecimento. Por ocasião do nascimento de Jesus esse mau rei que planejou assassinar o menino Jesus havia se tornado a encarnação do mal.

Herodes estava velho – tinha quase 70 anos – e sua morte se aproximava. Havia exercido um longo reinado sobre a Palestina – mais de 50 anos. Acostumado a perceber em que direção os ventos políticos sopravam, ele havia apoiado na sequencia, Júlio César, os assassinos de César, Marco Antônio, e por último o conquistador de Marco Antônio, Otáviano, que tornou-se o imperador Augusto. Com o apoio de Roma e uma política de brutal repressão à oposição, Herodes manteve a paz na Judéia.

Confiar nas pessoas, entretanto, não era seu forte. Na verdade, ser um "amigo" de Herodes, representava um perigo – suas suspeitas poderiam encontrar um motivo para a pessoa ser eliminada. Até mesmo os parentes aprenderam a andar com medo – ele ordenou que três dos seus filhos e uma de suas 10 esposas fossem mortos. Em um de seus últimos atos, poucos dias antes da sua própria morte, planejou ter seu filho Antipater condenado à morte.

Herodes planejou despedir-se em grande estilo! Sabendo que as pessoas do seu reino se alegrariam com a sua morte, ordenou a prisão de líderes judeus no estádio de Jericó. Eles deveriam ser mortos assim que Herodes morresse – para que pelo menos alguém estivesse chorando por ocasião de sua morte! Felizmente sua irmã Salomé e seu marido, Alexas, que foram encarregadas de executar a ordem de Herodes frustraram o seu plano. Na sua morte os nobres foram liberados e os judeus se alegraram.

Mas em Belém foi diferente. Lá algumas camas ficaram vazias, alguns berços ficaram em silêncio. Mães choraram, pais ficaram petrificados diante do ato monstruoso de seu governante demente.

"O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente", disse Lord Acton. Herodes, o Grande, tinha se tornado grande na maldade. Tornou-se agente do dragão, o antigo inimigo de Cristo e Seus seguidores. Um novo ato foi acrescentado ao drama dos séculos. O conflito que havia começado no céu irrompeu com fúria sobre a terra.

Enquanto isso, longe no Egito, o menino Jesus estava seguro. Estranha situação: Ele, que tinha vindo do céu para dar a Sua vida a favor de cada menino, deixou atrás de si, em Belém, uma fileira de sepulturas infantis.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO

Meu Deus, estranho mundo este em que vivemos cheio de pessoas hostis. Ajuda-me a deixar um rastro de bondade, e não de ódio, por onde eu passar.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- lucas 2:7


Os contrastes do Cristo

William G. Johnsson
E ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Lucas 2:7 NVI

Cada bebê é um feixe de contradições. Tão pequeno e indefeso, mas governa a casa – cada ouvido se dobra ao seu choro, cada pé se apressa a ajudar. Embora não consiga proferir uma só palavra, suas preocupações tornaram-se a preocupação de todos. O membro mais fraco da família controla as energias de toda a família.

Ainda mais repleto de contradições foi o bebê de Maria – Filho de Deus e Filho do homem. Era o Rei do Universo, mas foi colocado em uma manjedoura porque não havia espaço para seus pais na hospedaria!

Em Stuttgart, na Alemanha, um menino nasceu em 15 de Outubro de l758 – Johann Heinrich von Dannecker. Embora seu pai trabalhasse nos estábulos do duque de Wurttemberg, o menino começou a ter sonhos de grandeza. Percebendo como a vida é curta e como as obras das nossas mãos são passageiras, decidiu tornar-se escultor. Deste modo, depois de morto e enterrado, seus atos continuariam por meio de suas esculturas.

Von Dannecker aplicou-se à sua vocação com feroz concentração. Depois de estudar com mestres, com apenas 22 anos, foi nomeado escultor do palácio ducal. Dentro de três anos, partiu para Paris, e depois para Roma. Sua série de esculturas de deuses gregos e romanos concedeu-lhe renome em toda a Europa. Pessoas ilustres encomendavam-lhe esculturas de si próprios.

Von Dannecker havia alcançado fama e um lugar permanente na história. Mas ainda não estava satisfeito – ele sentiu que a obra-prima de sua arte ainda estava para ser produzida. Foi para um lugar solitário para refletir e olhar para dentro de si. Começou a contemplar Aquele que é maior do que qualquer deus pagão, Aquele que era Deus na carne. Se ele pudesse expressar na pedra o mistério dAquele ser – esta seria a sua obra suprema!

Von Dannecker lançou-se à tarefa. Após meses de trabalho seu esforço estava pronto para ser revelado. Ao invés de chamar seus amigos, ele convidou um grupo de crianças para serem os primeiros a ver a sua nova criação. Quando ele puxou o pano que recobria a obra, um menino falou: "Ele era um grande homem!"
Von Danneeker destruiu o trabalho.

Depois de meses de renovado esforço, esculpiu um novo Cristo. Mais uma vez ele queria ver como as crianças – os críticos mais honestos – reagiriam. Ao exibir a estátua uma menina disse: "Ele era um homem bom!"

Von Dannecker ficou feliz, mas não ainda satisfeito. Destruiu o trabalho.
E assim, finalmente, preparou uma terceira estátua, e mostrou para outro grupo de crianças. Desta vez, ao descerem os panos, ninguém falou nada, mas um menino tirou o boné e várias crianças se colocaram de joelhos.
Von Dannecker, então, ficou satisfeito.

ORAÇÃO

Obrigado, Pai, pela lembrança de que a vida nos é dada para grandes coisas. Com os dons que Tu me destes, posso dar uma contribuição que aproxime as pessoas de Jesus.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Apocalipse 12:4


A Virgem e o monstro
Autor: William G. Johnsson
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. Apocalipse 12:4 NVI

Israel dormia quando o seu Rei nasceu. Mas o dragão, "a antiga serpente, chamada Diabo e Satanás" (Apocalipse 12:9), estava bem acordada. A luta que começou no céu muito tempo atrás - em que o dragão foi derrotado pelos exércitos do Filho de Deus - estava prestes a entrar numa fase nova e decisiva.

Ao olhar para o rosto tranqüilo do seu bebê deitado na manjedoura, Maria deve ter se perguntado que perigos e ameaças Ele enfrentaria. Ele parecia tão frágil e inocente! Se ela soubesse por completo os planos do inimigo para com a criança teria tremido de terror. O antigo inimigo havia esperado ansiosamente por aquele momento. Tanto que já tinha montado uma estratégia para acabar com a vida do menino antes mesmo que Ele pudesse crescer em maturidade para iniciar sua missão.

Nós pais olhamos para o rosto de nosso filho recém-nascido e tentamos vislumbrar o futuro. Será que ele se tornará um trabalhador poderoso para Deus? Um líder na sociedade? Um líder nas artes? Na face de nosso bebê vemos os sonhos, as esperanças, e a potencialidade da raça humana, criada à imagem de Deus.

Mas sentimos, também, a fisgada do medo. De repente o mundo parece perigoso - doenças conhecidas e desconhecidas atacam sem aviso prévio, aleijando, mutilando. Crianças morrem em seu sono - "morte no berço" é um nome que nos diz que não sabemos nada, exceto que as crianças são vulneráveis e que a vida humana é frágil. Ao longo da estrada da vida perigos espreitam, ameaçando corpo, mente e alma. O antigo inimigo espera - espera para devorar o nosso filho.

Mas o mundo é um lugar mais seguro agora. Sim, o crime pode ter aumentado, homens maus e enganadores podem cometer maldades cada vez piores nestes últimos dias antes da Segunda Vinda (2 Timóteo 3:13), mas o Bebê de Maria esmagou o poder do dragão.

O Filho de Deus derrotou o dragão no céu, quando os Seus anjos lutaram contra Satanás e seus anjos. Então, sozinho, dependente do Pai, como nós também somos dependentes, Ele lutou contra o dragão no terreno encantado do próprio dragão. Sozinho Ele o enfrentou; sozinho Ele o derrotou. Carregou uma cruz, mas aquela cruz desferiu o golpe de morte na serpente, libertando a cada filho e filha de Adão e Eva. Agora podemos olhar com esperança para o rosto de um filho recém-nascido.

“Então ouvi uma forte voz dos céus que dizia: ‘Agora veio a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso Deus, dia e noite’ ’’ (Apocalipse 12:10 NVI).
 Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor. Nada sei dos perigos e ameaças que enfrentarei no dia de hoje. Mas sei que Jesus já venceu o mal. Sei que o Espírito Santo está comigo, portanto não temerei mal algum.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus Lucas 2:9


Quando o tempo pára
 William G. Johnsson
E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Lucas 2:9 NVI

Alguns momentos parecem que ficam congelados no tempo. Podemos olhar novamente para eles e relembrar exatamente as circunstâncias em que o tempo parou.

Num dia de Janeiro em que havia muita neve, segurei fortemente a mão de minha esposa Noelene ao ela juntar forças para dar à luz ao nosso primogênito - um garoto. Posso lhes dizer exatamente como era aquela fria sala de parto nas montanhas da Índia e relatar as conversas das enfermeiras durante aquelas longas horas de dor e contrações.

Aproximadamente seis anos depois, novamente na Índia – recebi um telegrama. "Sinto informar que seu pai faleceu esta manhã. Mamãe." Relembro como se fosse hoje o choque, os amigos chegando para consolar e os esforços desesperados para telefonar para a Austrália. Finalmente a operadora consegue efetuar a chamada via Londres, e ouço a voz de minha mãe. Mas não há diálogo - eu posso ouví-la, mas ela não me ouve.

Nunca esquecerei aquele dia.

Casamentos. Formaturas. Funerais. Natais. Férias na praia. Dias marcados indelevelmente na mente.

Outro dia inesquecível está chegando. Em que os céus irão se abrir e o Filho do Homem virá à terra com trombetas e coros angelicais. Relembraremos esse momento pelas eras futuras.

Mas a primeira vinda do Filho foi completamente diferente. Quando o Salvador nasceu o povo de Israel dormia. Os sacerdotes não viram nada diferente no filho de Maria e José – para eles era apenas um pobre filho de um pobre casal. Escribas e fariseus discutiam detalhes insignificantes da lei rabínica, divergências entre a escola de Hillel (liberal) e a escola de Shammai (conservadora).

No céu o tempo parou. Na terra, todas as coisas continuaram.

Bom, nem todas. As pessoas mais distantes da elite religiosa de Israel - os iletrados, os estrangeiros, os pastores - sabiam que alguma coisa grande, alguma coisa inesquecível, estava acontecendo naquele momento. Deixando de lado os grandes, os estudados, os privilegiados, Deus revelou aos que estavam receptivos, o significado daquele momento em que o tempo parou.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor, faze de mim uma pessoa sensível para compreender e apreciar os momentos chaves da existência. Quero estar receptivo à voz do Teu Espírito.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Gênesis 4:1


Filhas são especiais
 William G. Johnsson
Adão teve relações com Eva, sua mulher, e ela engravidou e deu à luz Caim. Disse ela: “Com o auxílio do Senhor tive um filho homem”. Gênesis 4:1 NVI

Na Bíblia ninguém costumava se alegrar com o nascimento de uma filha. Muitos, entretanto, se regozijavam com o nascimento de um filho. Eva se alegrou. Rebeca se alegrou. Raquel se alegrou. Ana se alegrou. Noemi se alegrou. As esposas que não tinham filhos se entristeciam por não terem dado um filho a seus maridos.

Quando os escritores bíblicos valorizam a chegada de um filho homem e demonstram falta de interesse para com as filhas mulheres estão apenas refletindo a cultura da sua época. A maioria dos povos antigos considerava as mulheres como inferiores.

Henrique VIII da Inglaterra divorciou-se de Catarina de Aragão, porque ela não lhe deu um filho. No século XX, Faruk, o último rei do Egito, deixou a esposa e se casou com outra mulher pela mesma razão. O ego do rei ficou ferido pelo fato da esposa ter lhe dado apenas filhas mulheres. Ele a culpou - obviamente demonstrando total desconhecimento das leis da genética que atestam que se a culpa fosse de alguém, o culpado seria ele!

Mais trágico ainda, tem sido o costume que ainda persiste, nalgumas sociedades pobres de deixar bebês do sexo feminino morrer logo após o nascimento. Quando a comida é escassa, a comida é reservada para os machos!

Mas filhas são especiais. Uma filha é tão verdadeiramente uma dádiva de Deus como o é um filho. Seu valor é exatamente igual. Alguns dizem que ter uma filha é ainda mais especial do que ter um filho.

A vinda do filho de Maria, que era o Filho de Deus, fez toda a diferença para a mulher. Ele rompeu com as tradições rabínicas a fim de exaltar a mulher a uma posição de igualdade com o homem. Enquanto o Judeu piedoso em suas orações matinais agradecia diariamente a Deus por "não ser gentio, escravo ou mulher", Jesus aceitava as mulheres como Suas seguidoras. Vez após vez Ele deixou de lado os costumes e tradições, arriscando-se a ser criticado ou censurado, a fim de deixar claro que as filhas são especiais.

A emancipação das mulheres promovida por Jesus foi reconhecida mais tarde pelo apóstolo Paulo através das seguintes palavras “pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:27, 28 NVI).

Aqueles de nós que possuem uma filha não necessitam serem lembrados de que filhas são especiais. Desejamos para elas tudo o que o Grande Emancipador Jesus queria para elas.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Pai da humanidade. Concede-nos a virtude de valorizar as mulheres reconhecendo que através delas o mundo tem sido abençoado. Amém.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 1:46-47


A Canção de Maria
William G. Johnsson
Então disse Maria: Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Lucas 1:46, 47 NVI

Quando nossos filhos eram pequenos nos divertimos muito cantando ao redor do piano nos cultos familiares. Uma das músicas que gostávamos de cantar era: "Se na família está Jesus é feliz o lar".

Então eles entraram na adolescência. Pareciam estar sempre correndo - para as atividades escolares, aulas de música, jogos - e nós estávamos sempre levando-os de carro para algum lugar. Tornou-se mais e mais difícil nos ajuntarmos para o culto doméstico. E quando conseguíamos nos reunir eles se sentavam quietos, e ficavam de boca fechada quando sugeríamos que cantássemos algum hino. A música parou. Você que tem filhos adolescentes entende o que estou falando.

Isto me incomodava. Amo cantar, especialmente nos cultos da família.

A boa notícia é que - depois de algum tempo - a música voltou. Nossos filhos passaram pela adolescência - quando estavam mais interessados em ouvir do que cantar e geralmente ouviam músicas que minha esposa e eu não entendíamos - e voltaram a apreciar cantarem conosco no culto familiar.

Cristãos que cantam, em minha opinião, são cristãos que estão crescendo. Assim como muitas músicas do nosso tempo refletem o desespero e o vazio daqueles que as compõe e interpretam, de igual maneira as canções religiosas vêm de um coração que conhece e confia em Deus.

O cântico de Maria, proferido no lar de sua prima Isabel, é um louvor admirável. É geralmente chamado de "Magnificat" por ser essa a primeira palavra da frase em latim: "Magnificat anima mea dominum", que significa "Minha alma engrandece ao Senhor".

O Magnificat que se estende por 10 versos do evangelho de Lucas (Lucas 1:46-55) e está repleto de gratidão pelo que Deus havia feito a Maria. "O Todo poderoso fez grandes coisas por mim - santo é o Seu nome," canta ela (verso 49 NVI).

Mas o significado deste cântico é mais amplo. Maria representa as "pessoas pequenas" da terra, os pobres e humildes, não valorizados pela sociedade, mas a quem Deus valoriza. Deus deixa de lado o orgulhoso, o poderoso e o rico para exaltar o humilde, para saciar o faminto com boas coisas. O “Magnificat” não se orgulha por Deus escolher os fracos e não os fortes; ao invés, proclama louvores à bondade de Deus em favorecer aqueles que o mundo despreza.

No céu o povo de Deus também cantará. Cantaremos juntos o cântico de Moisés e do cordeiro (Apocalipse 15:2-4), tributando glórias ao Senhor que fez grandes coisas por nós. Pratiquemos hoje esta atitude de louvor!

ORAÇÃO

Senhor. Ensina-me a Te louvar não somente quando tudo vai bem, mas também quando surgem dificuldades. Tu tens feito grandes coisas por mim. Engrandecido seja o nome do Senhor.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 1:38


O Sacerdote e a virgem
William G. Johnsson
Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. Lucas 1:38

O anjo Gabriel foi mais bem sucedido com a virgem Maria do que com o sacerdote do Senhor Zacarias. Ele os visitou separadamente trazendo boas novas de um ato miraculoso que Deus estava para realizar. Maria creu no anjo, Zacarias não.

No entanto a predição feita a Maria era mais difícil de acreditar do que aquela feita a Zacarias. Gabriel disse ao sacerdote que Elizabete, que tinha ultrapassado o período de gerar filhos, iria engravidar e dar à luz ao filho de Zacarias. A criança seria cheia do Espírito Santo e ao crescer prepararia um povo para o Senhor; ele seria o cumprimento da profecia de Malaquias a respeito do Elias que haveria de vir (Malaquias 4:6).

Essa revelação foi demais para Zacarias. “Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias,” ele respondeu (Lucas 1:18). Mesmo sendo um sacerdote, mesmo Gabriel tendo vindo até ele no Templo enquanto ele oferecia sacrifício, a sua fé não conseguiu se apegar à promessa de Deus.

Que contraste com a virgem Maria. Não sabemos sua idade quando Gabriel apareceu perante ela com o surpreendente pronunciamento que ela conceberia e daria a luz a uma criança pelo Espírito Santo – O tão esperado Filho de Davi, o Messias de Israel. Muito provavelmente ela ainda estava em seus anos de adolescência.

Mas a garota conhecia o seu Deus. Quando Gabriel a saudou com “Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo” (verso 28), Maria não se sentiu orgulhosa. Ao invés, ela ficou preocupada, perguntando-se o que aquela saudação queria dizer. E quando Gabriel expôs o plano de Deus para ela, que ela iria vivenciar uma gravidez ainda mais miraculosa que a de Isabel, Maria simplesmente disse: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra” (verso 38).

A juventude não é necessariamente um tempo de tolice assim como a velhice não é necessariamente um tempo de piedade. O coração de um jovem rapaz ou moça pode estar mais disposto a dizer sim para um chamado do Senhor para algo impossível – mais disposto do que o coração de um ministro com uma longa experiência.

Nós que trabalhamos para a igreja nos acostumamos com medidas comuns do poder de Deus. Cumprimos nossos deveres, abençoados por Deus, numa atmosfera de oração e sacrifício. Mas quando Gabriel repentinamente aparece com um pronunciamento fora do normal, nossa fé pode procurar o casulo protetor da rotina religiosa.

É por isso que Deus necessita hoje de moças e rapazes que não considerem nada como sendo impossível e digam, “Sou serva do Senhor; ...aconteça comigo conforme a tua palavra” (verso 38 NVI).
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Querido Espírito Santo. Assim como Maria aceitou de bom grado os Teus planos para ela, também me entrego a Ti para que a Tua vontade seja feita em minha vida. Amém

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 2:51


A obediência de Jesus
William G. Johnsson
Então foi com eles para Nazaré, e era-lhes obediente. Lucas 2:51 NVI

O Novo Testamento fala acerca da obediência de Jesus em três lugares.

O menino Jesus, segundo o relato de Lucas, era obediente a José e Maria. Mesmo sabendo que seu verdadeiro pai estava no céu, Ele se submetia a José. Pense nisso: o Criador do universo, que sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3), recebeu instruções de Seus pais terrestres, e, calmamente, procurou agradá-los em todas as Suas tarefas.

O homem Jesus, diz-nos o livro de Hebreus, “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hebreus 5:8). Jesus não aprendeu como freqüentemente o fazemos – por experimentar o amargo sabor da desobediência. Ao invés, Ele aprendeu através de uma progressiva submissão à vontade do Pai. Essa vontade o conduziu através de águas profundas, até ao chocante sofrimento do Getsemane, quando Ele gritou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26:39).

E finalmente o caminho da obediência o levou ao Calvário. “Humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Filipense 2:8 NVI). Alí, plantado entre dois criminosos, Ele tomou sobre Sí os pecados do mundo. No horror da separação do Pai, Ele bradou em desespero, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27:46).

“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. ‘Pelas Suas pisaduras fomos sarados.’ Isa. 53:5" (Ellen White, O Desejado de todas as nações, p. 25)

Alguns cristãos pensam que a obediência é uma palavra suja. Para eles, cheira a legalismo, nega a graça. Estes cristãos precisam olhar novamente para a obediência de Jesus. Devido à Sua obediência temos esperança da vida eterna – uma vida de amorosa obediência à vontade divina.

Podemos conhecer o poder do Seu amor em nosso trabalho e lazer de hoje. Assim como Ele obedecia a Seu pai terrestre e a Seu Pai celeste, assim podemos nós, pelo Seu Espírito, andar no caminho da vontade divina.
Portanto, amigo, ponha a sua mão em Sua mão e saia para um novo dia em novidade de vida!
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Assim como Jesus obedeceu por amor, que eu também possa seguir as sábias instruções do Espírito Santo hoje. Amém.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 2:43


Perder a Jesus
William G. Johnsson
Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. Lucas 2:43 NTLH

Ficar perdido é algo terrível.

Quando eu era garoto meu irmão Gordon, que na época tinha 18 anos, trabalhava num acampamento de madeireiros na selva Australiana. Uma noite os cavalos fugiram. No dia seguinte Gordon saiu atrás dos cavalos com o objetivo de recuperá-los, seguindo suas pegadas através da mata. Ele caminhou por diversas milhas, mas não estava preocupado – ele sabia que, depois de um tempo, encontraria uma cerca . O que ele não sabia é que uma parte da cerca estava faltando; os cavalos passaram por aquele espaço e ele os havia seguido por uma distância superior àquela previamente imaginada ao deixar o acampamento.

A selva Australiana é traiçoeira. É quente, seca e plana – penaliza o viajor perdido. Gordon se perdeu – sem água. Eu soube da sua situação quando a polícia trouxe a notícia até a porta de nossa casa. Naquela noite os jornais relataram o andamento das buscas.

Felizmente Gordon encontrou por acaso uma remota casa com moradores. Um idoso casal que cuidava da terra e de uns poucos animais. Eles o acolheram e salvaram a sua vida – mesmo embora tenham preparado a carroça e viajado para contar a notícia somente no dia seguinte.

É ainda mais terrível perder a Jesus.

Perdemos a Jesus quando achamos que a sua presença é algo garantido. Ficamos ocupados, aprisionados em nossas tarefas, seguindo o nosso caminho – e não compreendemos que Ele não está mais conosco.

Perdemos a Jesus em Jerusalém. Pensamos que quando estamos entre Cristãos – quando estamos num colégio interno adventista, trabalhando para a igreja, reunidos para adorar – o próprio ambiente manterá Jesus conosco. Mas quando o procuramos descobrimos que Ele se afastou.

Os relacionamentos levam anos para serem construídos, mas podem desaparecer num minuto. A confiança estabelecida por um longo período de experiências compartilhadas pode ruir por um gesto tolo ou desleal.

A experiência cristã, nutrida pelo estudo da Bíblia, oração e testemunho, pode se esvair em frente a um aparelho de televisão. Perder a Jesus é muito fácil.

Mas a boa notícia é que Jesus pode ser encontrado novamente! Quando o procurarmos com fervor e lágrimas, lamentando a nossa tolice e infidelidade, nós o encontraremos. Nós o encontraremos aonde José e Maria o encontraram – na casa do Pai, o lugar da vontade do Pai.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor não permitas que aquilo que é secundário ocupe o lugar do que é prioritário. Ajuda-me a valorizar a companhia de Jesus acima de todas as demais coisas. Amém.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Mateus 13:55


O homem que ninguém conhece
 Autor: William G. Johnsson

Não é este o filho do carpinteiro? Mateus 13:55

Ninguém sabe qual era a aparência de Jesus. Embora tenhamos quatro relatos dos evangelhos nenhum escritor nos dá qualquer pista acerca de Sua aparência física. Somos informados de que as pessoas admiravam Seus ensinos e se maravilhavam com Seus milagres, mas aparentemente ninguém exclamou: “Veja como Ele é alto!” ou “Como esse homem é atraente!”

“Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos,” predisse o profeta do evangelho (Isaías 53:2 NVI). Portanto Ele não se sobressaía na multidão por causa da sua aparência. A sua beleza não estava baseada na aparência física, mas no propósito de sua vida.

Os tradicionais retratos de Jesus também não o representam acuradamente. Na verdade, eles são completamente enganadores. Os mais antigos retratos de Cristo existentes foram produzidos centenas de anos após o Seu época, quando Sua aparência já tinha sido esquecida há muito tempo – e quando muitos Cristãos tinham começado a se dedicar à vida monástica.

Estes homens, que haviam se afastado da vida no mundo para se dedicarem a contemplação, oração e jejum, pintaram Jesus à sua própria semelhança. Jesus aparecia pálido, fraco, emaciado. A figura esquelética pendurada na cruz tinha faces macilentas e peito afundado, olhos tristes e um olhar do outro mundo.

Este não era o Jesus dos evangelhos. Ele era o filho do carpinteiro. Os 30 anos que passou trabalhando com as mãos o tornaram forte e musculoso. Seus olhos estavam acostumados a traçar uma linha reta, a tornar uma superfície lisa, a erguer vigas no correto alinhamento.

Depois que deixou a oficina de carpinteiro para desenvolver Seu ministério itinerante, durante três anos Jesus viajou a pé. Sua face era bronzeada devido aos dias passados sob o sol, Sua pele corada com o brilho da vida ao ar livre. Com freqüência dormia ao relento: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20). Quando ía a Jerusalém, freqüentemente passava a noite no Monte das Oliveiras: “Então cada um foi para a sua casa. Jesus, porém, foi para o monte das Oliveiras” (João 7:53-8:1).

O Homem pendurado na cruz não era fraco, pálido, emaciado. Ele era forte, bronzeado, musculoso. Seu olhar não era do outro mundo; embora afligido pelo sofrimento, seu olhar era vivo, inteligente, amigável.

Ao longo dos séculos a igreja Cristã, desejando mostrar a divindade de Jesus, reduziu sua humanidade a uma mera sombra. O Jesus dos evangelhos, o verdadeiro Jesus, o Jesus caloroso, de carne e osso, se tornou o homem que ninguém conhece.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Pai celeste. É tão bom saber que Jesus trabalhou arduamente e desenvolveu um corpo robusto e uma mente ágil. Ajuda-me a conhecê-Lo melhor para que possa amá-Lo mais. Amém.

 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 2:40


Ser diferente
William G. Johnsson
Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Lucas 2:40

É difícil ser diferente.

Detestamos chegar a um encontro social vestindo trajes esportivas e descobrir que todas as demais pessoas estão vestidas à rigor, ou ser o único de terno e gravata quando os outros se vestiram de forma esportiva. As crianças não gostam de ser diferentes. E os adolescentes, mais ainda, procuram ser semelhantes aos colegas.

Jesus era diferente. Ele atravessou os tumultuosos anos da adolescência, quando as modas e as pressões da vida trazem incerteza, conflitos e sensações de inadequação, permanecendo diferente dos Seus colegas.

Ele era diferente dos próprios irmãos e irmãs. A Escritura menciona os nomes dos Seus irmãos – Tiago, José, Judas e Simão (Marcos 6:3). Eles eram meio-irmãos, provavelmente filhos de José, esposo de Maria, através de um anterior casamento. Pelo fato de José ser o pai legal de Jesus, mas não seu pai natural, Jesus não tinha laços de sangue com esses outros membros da família.

As diferenças, entretanto, eram muito mais profundas. Lemos que muitos anos mais tarde os irmãos de Jesus Lhe disseram como Ele deveria conduzir o Seu ministério (João 7:3-8). O diálogo revela a falta de compreensão e as tensões que devem ter ocorrido na infância de Jesus por conta da rivalidade entre irmãos. Noutra ocasião Seus irmãos tentaram intervir em Seu ministério: “Quando seus familiares ouviram falar disso, saíram para trazê-lo à força, pois diziam: ‘Ele está fora de si’ ” (Marcos 3:21 NVI).

“Jesus não foi compreendido por Seus irmãos porque Ele não era como eles,” escreve Ellen White. “O Seu padrão não era o padrão deles... O exemplo de Jesus era para eles uma contínua irritação. Ele odiava apenas uma coisa no mundo, e esta era o pecado” (O Desejado de todas as nações, p. 88).

O lar, que deveria ser um refúgio de aceitação e segurança, com freqüência é um lugar de mesquinhez e crueldade. Os irmãos podem ser inconseqüentes ou propositalmente descorteses, invejosos da aprovação paterna, criativos em causar pesar para um irmão ou irmã sensíveis. As injustiças da infância, reais ou imaginárias, deixam cicatrizes profundas e afastam a pessoa adulta de Deus e da igreja. Rivalidades e maldades vão fermentando ao longo dos anos e finalmente explodem em ira e ódio.

O lugar mais difícil de ser diferente é em casa, mas é ali que a religião é mais autêntica. Muitos pregadores famosos fracassam na esfera doméstica. Foi no ambiente da Sua família que Jesus cresceu em amor, fé e conhecimento da vontade do Seu Pai.

ORAÇÃO

Senhor ajuda-me a ser paciente com os membros da minha família assim como sou compreensivo para com outras pessoas. Em nome de Jesus. Amém.

Autor: William G. Johnsson

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus- Lucas 2:49


Cuidando dos negócios do meu Pai
Autor: William G. Johnsson
Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria cuidar dos negócios de meu Pai? Lucas 2:49 King James Version

Qual é o acontecimento mais antigo de que você se lembra? Construindo castelos na areia da praia? Queima de fogos no dia de fim de ano? Um machucado infantil que sua mãe cuidou com carinho?

Nalgum momento, entre sua infância e a idade de 12 anos, o garoto Jesus começou a perceber que era diferente das outras crianças. Ele começou a entender que José, o marido de Sua mãe, não era o Seu pai, que o ambiente protegido do lar de José não duraria para sempre, e que um dia Deus o levaria a realizar algo diferente do que o trabalho de carpinteiro que ele estava acostumado.

Nos primeiros séculos do Cristianismo vários evangelhos apócrifos foram escritos. Alguns deles especularam sobre os “anos silenciosos passados em Nazaré” – o período da infância, adolescência e amadurecimento antes de Jesus começar Seu ministério público. Num desses evangelhos encontramos Jesus fazendo pombinhas de barro. Ele as atira para o espaço e imediatamente – elas saem voando! Noutro incidente Maria supostamente está ensinando-lhe o alfabeto. Entretanto logo, Ele começa a instruí-la – Ele não somente já sabe o alfabeto, mas também revela significados secretos das letras!

Estes relatos acerca do garoto Jesus não são apenas fictícios – eles são falsos. O menino Jesus não tinha conhecimento perfeito acerca de Sua identidade ou missão. Conforme sua mente amadurecia sua compreensão a respeito das coisas se ampliava e assim Ele conseguia entender melhor a Si mesmo a aos outros. Em conseqüência dos cuidados de sua piedosa mãe, das instruções do Espírito Santo e da comunhão com o Seu verdadeiro Pai, a consciência a respeito de Si mesmo gradualmente raiou.

Quão cedo isto aconteceu e através de que meio não temos como dizer. Mas o verso bíblico de hoje torna claro que com a idade de 12 anos Jesus tinha uma compreensão surpreendentemente clara a respeito de quem Ele era e da missão para a qual tinha nascido.

Aquela visita ao Templo causou-lhe profunda impressão. “Pela primeira vez, contemplou o menino Jesus o templo. Viu os sacerdotes de vestes brancas, realizando seu solene ministério. Viu a ensanguentada vítima sobre o altar do sacrifício.... Cada ato parecia estar ligado a Sua própria vida. No íntimo acordavam-se-Lhe novos impulsos. Silencioso e absorto, parecia estudar a solução de um grande problema. O mistério de Sua missão desvendava-se ao Salvador” (O Desejado de Todas as Nações, p. 78).

Os rapazes e as garotas de hoje também podem discernir claramente o que são e o que Deus deseja que se tornem. Mas não sabem – não conseguem saber - tudo o que Deus tem reservado para eles. Quando tinha 12 anos, Jesus também não sabia. Mas eles podem saber que são filhos e filhas de Deus, e que nada neste mundo é mais importante do que os negócios do Pai celestial.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor, eu quero crescer na compreensão do Teu propósitos. Mais do que compreender quero colaborar para que os Teus planos se cumpram em minha vida. Por amor a Jesus. Amém.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Maravilhoso Jesus-Romanos 8:3, 4


Quatro mães em Israel
William G. Johnsson
Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Romanos 8:3, 4. NVI

A genealogia de Jesus escrita por Mateus contém três surpresas. Os registros antigos seguiam apenas a linha paterna – as mulheres não tinham valor. Mateus, entretanto, rompeu com o costume existente e listou quatro mulheres na genealogia de Jesus – Tamar (Mateus 1:3), Raabe (verso 5), Rute (verso 5), e Bateseba (verso 6).

Quando vamos ao Antigo Testamento a fim de tentar descobrir porque ele selecionou essas quatro, levamos um choque. Cada uma destas quatro mulheres de Israel representava uma situação conjugal muito abaixo do ideal de Deus.

Tamar, nora de Judá, se disfarçou de prostituta e assim atraiu Judá a lhe dar um filho (Gênesis 38:13-30) – um emaranhado civil tão confuso como certas situações que vemos hoje.

Raabe era uma prostituta – isso foi verdade, pelo menos, no período em que os espias Israelitas sorrateiramente entraram em Jericó.

Rute, ao contrário, era uma mulher virtuosa. Mas ela era uma Moabita, membro de uma nação proibida de participar dos serviços do santuário. Os filhos de Israel haviam sido proibidos de se casar com qualquer pessoa daquela nação.

E Bateseba tornou-se esposa do rei Davi depois que houve um adultério e ela engravidou. O rei Davi então providenciou para que seu marido, Urias o Hitita, fosse morto numa batalha.

Cada um destes quatro casamentos era irregular ou ilícito. Mas cada um destes relacionamentos produziu um descendente homem que se tornou parte da genealogia de Jesus.

Vivemos num mundo de relacionamentos fraturados. O ideal edênico de felicidade conjugal, de fidelidade a um homem ou a uma mulher por toda a vida, é freqüentemente destruído. Divórcio, perversão, incesto, filhos molestados, esposas espancadas – este é o nosso mundo.

Mas para um mundo como este veio um salvador. Ele não veio para nos condenar ou para nos dizer o quanto tínhamos nos afastado do ideal, mas para nos resgatar. Para nos dar esperança – para nos dar perdão. Para nos erguer e nos dar poder para começar de novo.

As quatro mães de Israel nos representam – em toda a nossa dor e necessidade. E elas representam o plano de Deus para com cada filho ou filha de Adão e Eva, seu esforço universal para salvar-nos de nossa perdição.
Autor: William G. Johnsson

ORAÇÃO

Senhor, é tão bom saber que não existe problema tão complicado que Tu não possas resolver, que não existe caminho tão escuro que Tua luz não possa iluminar. Ajuda-me a esquecer o que ficou para trás e a seguir avante com a certeza de que, contigo, o meu futuro será brilhante!


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