“Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.” Gênesis 3:7-8.
Desde que Deus criara Adão e Eva, todos os dias Ele vinha até o jardim conversar com eles. Quão agradáveis eram aqueles momentos!
Imagino Deus, nosso Pai de amor “colocando-os no colo” e falando a eles sobre as maravilhas do céu! Também os advertindo sobre as armadilhas do inimigo, assim como todo pai cristão deve fazer com os seus filhos.
Mas, com a desobediência, essa harmonia foi duramente comprometida. Ao observarmos as atitudes dos nossos primeiros pais após o pecado podemos visualizar como o pecado nos torna pessoas ingênuas e fracas.
Observe: a primeira atitude de Adão e Eva ao perceberem que estavam nus foi confeccionar para si roupas com folhas de figueira. Pensavam assim em uma forma rápida de resolver o problema do momento, “a sua nudez”. O fato de estarem nus os incomodava mais do que o motivo que os levara aquela situação.
Preocupavam-se mais com as conseqüências, do que com o pecado da desobediência!
Podemos dizer que foram os primeiros estilistas da terra. Mas, qual seria a durabilidade de uma roupa confeccionada com folhas? Talvez eles tenham até se preocupado com a qualidade do produto, mas o fato é que no capitulo 10 lemos: “Ele respondeu: “Ouvi a Tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi”.”
Suponho que as roupas confeccionadas no capitulo sete já haviam murchado ou até secado.
De fato, a sua nudez os incomodava e eles não se sentiam confortáveis para estar na presença de Deus, a desobediência quebrou a confiança e causou um abismo entre o criador e a criatura. Sentiam o olhar acusador de Deus, mas na verdade era a sua própria consciência.
Aquela alegria que sentiam anteriormente em ouvir a voz de Deus dera lugar ao temor.
O pecado tem o poder de transformar os relacionamentos. Semear discórdia, dúvida ciúmes, insegurança, vergonha, medo etc.
Quantas vezes temos recorrido à figueira, colhido as suas folhas para confeccionar cintas e cobrir a nossa nudez diante de Deus e dos homens!
Tentamos reparar o erro com as nossas próprias forças, lutamos nos debatemos para depois de cansados descobrirmos, assim como Adão e Eva quão frágeis são as nossas vestes.
Outro erro que cometemos quando erramos é que, em vez de corrermos para Deus em busca de ajuda, fazemos o contrário, corremos Dele e até mesmo tentamos nos esconder como se isso fosse possível.
O salmista Davi viveu essa experiência na pele e depois concluiu: “para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face?” Salmos 139:7.
Dou graças a Deus porque Ele não desistiu de Adão e Eva assim como não desiste de mim e de você. Apesar de triste e desapontado Ele não os abandonou. Ele não lhes apontou o dedo, mas lhes abriu os braços.
Imagino Deus tomando os dois pela mão e dizendo: senta aqui, Eu vou explicar a vocês o resultado da desobediência.
E como crianças eles tentam justificar o pecado, Adão culpou a Eva, que culpou a serpente. Quanta dificuldade para assumir o erro, para entender que Deus não deseja declarar-nos culpados e sim perdoados.
Com as Suas próprias mãos confeccionou roupas de peles para eles. Ali o sangue começou a ser derramado por causa dos pecados do homem. Eles presenciaram pela primeira vez a morte de um ser vivo. A cena foi muito forte e triste para eles.
Deus não os recriminou e os abandonou, mas como pai amoroso os vestiu com vestimentas mais resistentes do que as frágeis folhas de figueira.
Ainda hoje, o nosso Pai de amor chama a cada um de nós e nos oferece vestes especiais. Ele quer trocar a cinta de folhas de figueira “justiça própria” que por algum tempo pode até cobrir a nossa nudez, mas não oferece perdão, pelo manto da justiça de Cristo.
No entanto só nos será possível recebermos o manto da justiça de Cristo se sairmos de detrás das arvores, nos despirmos completamente das folhas de figueira e nos apresentarmos sem máscaras, impotentes e frágeis completamente nus como um recém nascido diante de Deus.
Só alcançaremos este estágio pela misericórdia de Deus, que Ele nos abençoe e nos afaste dos nossos méritos pessoais.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mais transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:1-2.
http://mulheradventista.com/estilistas-fracassados-pecadores-perdoados/
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