O Cristo Irado
William G. Johnsson
Irado, olhou para os que estavam à sua volta e,
profundamente entristecido por causa do coração endurecido deles, disse ao
homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu, e ela foi restaurada. Marcos 3:5, NVI
O que aconteceu com o doce, manso e suave Jesus? A raiva não
é pecado?
Não, pelo menos, não toda a raiva. Às vezes é um pecado não
ficar com raiva!
Quando vemos os pobres e fracos sofrendo injustiças e não
ficamos com raiva, isso é um pecado.
Quando ouvimos o nome de Deus jogado na lama e não nos
sentimos entristecidos, isso é um pecado.
Quando encontramos pessoas dilacerando a igreja e não
ficamos com raiva, isso é um pecado.
Na maioria das vezes, ficamos com raiva porque alguém pisa
no nosso orgulho, ou porque as coisas não saíram do nosso jeito. Nosso ego
supersensível procura sempre o primeiro lugar, fazemos beicinho e ficamos
irritados quando a vida não sorri para nós.
Jesus ficou com raiva porque os “especialistas religiosos”
estavam fazendo da religião uma farsa. Sob o pretexto de piedade superior eles
seguiam a Jesus de perto, registrando cada palavra em seus blocos de notas,
compilando uma lista de acusações. A religião deles era tão voltada para si
mesmos e suas regras que não conseguiam enxergar a necessidade humana básica
evidenciada pelo homem com a mão atrofiada - eles só conseguiam ver uma
oportunidade de acusar Jesus de ser um “transgressor do sábado”.
Esta não foi a única ocasião em que Jesus ficou irado. A
hipocrisia religiosa e o orgulho despertavam um furor divino dentro dEle. Sua
mais severas repreensões - e ele conseguia ser incisivo quando a situação
exigia – foram pronunciadas sobre os escribas e fariseus pelo que realizavam em
nome de Deus.
Ele também ficou irado quando viu a casa de adoração
transformada em um mercado. Ele fez um chicote de cordas, virou as mesas e
expulsou dali os cambistas e os mercadores. Aos que vendiam pombas disse:
“Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!” (João
2:16, NVI).
Para muitos cristãos, hoje, nossa culpa pode não ser um
temperamento tempestuoso mas a nossa incapacidade de ficarmos irados por uma
causa justa. Nos tornamos tão complacentes, tão amantes da paz, que “não
importa o que aconteça” permanecemos insensíveis.
Talvez precisemos um pouco mais da ira do Senhor Jesus.
ORAÇÃO
Justo Senhor. Dá-me mais da Tua indignação perante as
injustiças. Conceda-me mais da Tua determinação em libertar os oprimidos. Que
minhas palavras e ações contribuam para uma sociedade melhor.
Autor: William G. Johnsson
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