O Milagre Mais Dramático de Cristo
William G. Johnsson
Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: “Lázaro,
venha para fora!” O morto saiu, com as mãos e os pés envolvidos em faixas de
linho e o rosto envolto num pano. Disse-lhes Jesus: “Tirem as faixas dele e
deixem-no ir”. João 11:43, 44, NVI.
Cada vez que leio João 11, sinto calafrios na espinha. No
grande drama deste capítulo inúmeros elementos lançam luz sobre o caráter do
Salvador – e sobre a sorte comum da humanidade.
"Aquele a quem amas está doente" (v. 3). O recado
não diz "Lázaro está doente", nem "Nosso irmão está doente, por
favor, venha depressa". Pelo contrário, diz: "Aquele a quem amas está
doente". As palavras expressam a terna consideração de Jesus para com
Lázaro; Sua proximidade para com aquela família de Betânia. Se Jesus souber que
Lázaro está doente, largará tudo e virá imediatamente – assim pensavam Marta e
Maria.
Mas Jesus não veio imediatamente. "Lázaro morreu"
(verso 14). Ao redor do círculo da terra hoje, Lázaro morreu. Boas pessoas
oraram para que ele pudesse viver, mas ele morreu. Jesus não veio até a cama
dele com o Seu toque de cura.
"Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria
morrido" (versículos 21, 32). Marta e Maria cumprimentaram a Jesus com
palavras idênticas. Aquelas palavras manifestavam confiança em Jesus como o
autor da vida, como Aquele perante quem a morte foge. Mas as palavras também
carregavam uma repreensão: por que Você não estava aqui? Por que Você não veio,
quando Lhe pedimos que viesse?
Por quê? É também o nosso questionamento hoje apanhados no
mesmo dilema de fé e dúvida. Nós acreditamos – mas indagamos por que Deus não
age para proteger ou para curar.
"Jesus chorou" (v. 35). Este é o menor versículo
da Bíblia, mas eloqüente em seu retrato do Homem das dores. Aqui está o nosso
irmão, aqui está Emanuel – Deus conosco – chorando no túmulo de Lázaro,
chorando como choramos ao lado de uma sepultura.
O chão parece tão frio, tão duro, tão solitário. O chão
fecha-se sobre o nosso querido, e nos sentimos sozinhos – abandonados. Sabemos
que parte de nós mesmos ficou ali e sempre estará ali. Sabemos que não importa
a plenitude da cura futura, a nossa perda nunca será completamente reparada.
Jesus chora com a gente.
"Lázaro, venha para fora!" (Versículo 43). Quem
neste mundo seria tão ousado a ponto de tentar este milagre? Lázaro tinha
morrido e havia sido enterrado há quatro dias. Apesar de Marta ter alegado
acreditar no poder doador de vida de Jesus, ela não queria que ele tentasse
isso! Foi um escândalo, uma violação do rito de passagem de Lázaro, foi uma
reabertura das feridas que estavam apenas começando a fechar.
Mas Lázaro saiu do túmulo! Com as mãos e os pés atados pelos
panos mortuários, ele saiu! Lázaro, morto e enterrado há quatro dias, saiu da
tumba!
E os inimigos de Jesus ficaram fora de si.
ORAÇÃO
Jesus, Homem de dores, obrigado por compreenderes quando
derramo minhas lágrimas, por chorares comigo. Realiza, hoje, Teus milagres em
minha vida.
Autor: William G. Johnsson
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