Conveniência
William G. Johnsson
Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo
sacerdote, tomou a palavra e disse: Nada sabeis! Não percebeis que vos é melhor
que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação? João 11:49, 50,
NVI.
A ressurreição de Lázaro criou uma comoção. Foi, de longe, a
mais espetacular das obras poderosas de Jesus, prova incontestável da validade
da sua afirmação de ser o Messias.
Verdade, ele havia chamado pelo menos duas pessoas dentre os
mortos antes disso – a filha de Jairo e o filho da viúva de Naim. Mas o
primeiro ato tinha sido feito discretamente, com a presença apenas de Pedro,
Tiago e João, além dos pais da menina. O último ato havia ocorrido em uma
pequena cidade longe das rotas populares.
Jesus ressuscitou a Lázaro, à vista de uma multidão de
observadores sofisticados de Jerusalém. Ele ressuscitou Lázaro depois deste ter
sido enterrado há quatro dias. E Lázaro não era uma pessoa da classe média.
Diversas linhas de evidência sugerem que a família era rica e proeminente na
sociedade de Jerusalém.
Não é de admirar que o milagre tenha levado muitos Judeus a crerem
em Jesus. Notícias do milagre correram por toda parte. Mais tarde, quando os
filhos de Abraão se reuniram para a Páscoa em Jerusalém, vindos de todas as
partes do país, muitos procuraram não somente por Jesus, mas também por Lázaro
– eles queriam conhecer o "homem milagre."
E como os líderes religiosos reagem?
Número um, eles fazem planos para matar a Lázaro (João
12:10)!
Número dois, eles fazem planos para matar a Jesus! Em vez de
admitirem que estavam errados em sua rejeição de Jesus, em vez de reconhecerem
o que parecia claro para os outros, eles convocam uma comissão para elaborar
uma estratégia.
Observe suas deliberações. O raciocínio deles lança luz
sobre como idéias erradas, quando acariciadas, pervertem os valores morais e
corrompem a religião.
"Então os chefes dos sacerdotes e os fariseus
convocaram uma reunião do Sinédrio. ‘O que estamos fazendo?’, perguntaram eles.
‘Aí está esse homem realizando muitos sinais milagrosos. Se o deixarmos, todos
crerão nele, e então os romanos virão e tirarão tanto o nosso lugar como a
nossa nação’. Então um deles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo
sacerdote, tomou a palavra e disse: ‘Nada sabeis! Não percebeis que vos é
melhor que morra um homem pelo povo, e que não pereça toda a nação?’ "(João
11:47-50, NVI).
Embora eles fossem considerados guias espirituais, a
principal preocupação deles era com o Templo e a nação. Guardiões de
instituições. Instituições que se tornaram o objetivo último da religião e não
o caminho para ela.
Sendo assim, eles estavam dispostos a deixar Jesus morrer
para que a nação pudesse ser salva. A conveniência, e não o princípio,
determinou o curso de ação deles.
Dentre todas as pessoas da terra, líderes religiosos
deveriam ser homens e mulheres de princípio. Quando raciocinam e agem,
predominantemente com base na conveniência, fazem cair grande mal sobre a raça
humana, mal que acima de tudo ofende ao Senhor, porque blasfema o Seu nome e
caráter.
ORAÇÃO
Senhor, livra-me hoje de pensar e agir de forma errada. Que
nas pequenas e grandes decisões eu siga os Teus princípios.
Autor: William G. Johnsson
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