A Canção de Maria
William G. Johnsson
Então disse Maria: Minha alma engrandece ao Senhor e o meu
espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Lucas 1:46, 47 NVI
Quando nossos filhos eram pequenos nos divertimos muito
cantando ao redor do piano nos cultos familiares. Uma das músicas que
gostávamos de cantar era: "Se na família está Jesus é feliz o lar".
Então eles entraram na adolescência. Pareciam estar sempre
correndo - para as atividades escolares, aulas de música, jogos - e nós
estávamos sempre levando-os de carro para algum lugar. Tornou-se mais e mais
difícil nos ajuntarmos para o culto doméstico. E quando conseguíamos nos reunir
eles se sentavam quietos, e ficavam de boca fechada quando sugeríamos que
cantássemos algum hino. A música parou. Você que tem filhos adolescentes
entende o que estou falando.
Isto me incomodava. Amo cantar, especialmente nos cultos da
família.
A boa notícia é que - depois de algum tempo - a música
voltou. Nossos filhos passaram pela adolescência - quando estavam mais
interessados em ouvir do que cantar e geralmente ouviam músicas que minha
esposa e eu não entendíamos - e voltaram a apreciar cantarem conosco no culto
familiar.
Cristãos que cantam, em minha opinião, são cristãos que
estão crescendo. Assim como muitas músicas do nosso tempo refletem o desespero
e o vazio daqueles que as compõe e interpretam, de igual maneira as canções
religiosas vêm de um coração que conhece e confia em Deus.
O cântico de Maria, proferido no lar de sua prima Isabel,
é um louvor admirável. É geralmente chamado de "Magnificat" por ser
essa a primeira palavra da frase em latim: "Magnificat anima mea
dominum", que significa "Minha alma engrandece ao Senhor".
O Magnificat que se estende por 10 versos do evangelho de
Lucas (Lucas 1:46-55) e está repleto de gratidão pelo que Deus havia feito a
Maria. "O Todo poderoso fez grandes coisas por mim - santo é o Seu
nome," canta ela (verso 49 NVI).
Mas o significado deste cântico é mais amplo. Maria
representa as "pessoas pequenas" da terra, os pobres e humildes, não
valorizados pela sociedade, mas a quem Deus valoriza. Deus deixa de lado o
orgulhoso, o poderoso e o rico para exaltar o humilde, para saciar o faminto
com boas coisas. O “Magnificat” não se orgulha por Deus escolher os fracos e
não os fortes; ao invés, proclama louvores à bondade de Deus em favorecer
aqueles que o mundo despreza.
No céu o povo de Deus também cantará. Cantaremos juntos o
cântico de Moisés e do cordeiro (Apocalipse 15:2-4), tributando glórias ao
Senhor que fez grandes coisas por nós. Pratiquemos hoje esta atitude de louvor!
ORAÇÃO
Senhor. Ensina-me a Te louvar não somente quando tudo vai
bem, mas também quando surgem dificuldades. Tu tens feito grandes coisas por
mim. Engrandecido seja o nome do Senhor.
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