As
camas vazias de Belém
Autor: William G. Johnsson
Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos,
ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo,
em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos
magos. Mateus 2:16 NVI
Embora nenhum documento da história romana registre a
matança dos bebês de Belém ordenada por Herodes, sua ação diabólica está em
plena harmonia com seus outros atos de atrocidade e crueldade dos quais temos
conhecimento. Por ocasião do nascimento de Jesus esse mau rei que planejou
assassinar o menino Jesus havia se tornado a encarnação do mal.
Herodes estava velho – tinha quase 70 anos – e sua morte se
aproximava. Havia exercido um longo reinado sobre a Palestina – mais de 50
anos. Acostumado a perceber em que direção os ventos políticos sopravam, ele
havia apoiado na sequencia, Júlio César, os assassinos de César, Marco Antônio,
e por último o conquistador de Marco Antônio, Otáviano, que tornou-se o
imperador Augusto. Com o apoio de Roma e uma política de brutal repressão à
oposição, Herodes manteve a paz na Judéia.
Confiar nas pessoas, entretanto, não era seu forte. Na
verdade, ser um "amigo" de Herodes, representava um perigo – suas
suspeitas poderiam encontrar um motivo para a pessoa ser eliminada. Até mesmo
os parentes aprenderam a andar com medo – ele ordenou que três dos seus filhos
e uma de suas 10 esposas fossem mortos. Em um de seus últimos atos, poucos dias
antes da sua própria morte, planejou ter seu filho Antipater condenado à morte.
Herodes planejou despedir-se em grande estilo! Sabendo que
as pessoas do seu reino se alegrariam com a sua morte, ordenou a prisão de
líderes judeus no estádio de Jericó. Eles deveriam ser mortos assim que Herodes
morresse – para que pelo menos alguém estivesse chorando por ocasião de sua
morte! Felizmente sua irmã Salomé e seu marido, Alexas, que foram encarregadas
de executar a ordem de Herodes frustraram o seu plano. Na sua morte os nobres
foram liberados e os judeus se alegraram.
Mas em Belém foi diferente. Lá algumas camas ficaram vazias,
alguns berços ficaram em silêncio. Mães choraram, pais ficaram petrificados
diante do ato monstruoso de seu governante demente.
"O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe
absolutamente", disse Lord Acton. Herodes, o Grande, tinha se tornado
grande na maldade. Tornou-se agente do dragão, o antigo inimigo de Cristo e
Seus seguidores. Um novo ato foi acrescentado ao drama dos séculos. O conflito
que havia começado no céu irrompeu com fúria sobre a terra.
Enquanto isso, longe no Egito, o menino Jesus estava seguro.
Estranha situação: Ele, que tinha vindo do céu para dar a Sua vida a favor de
cada menino, deixou atrás de si, em Belém, uma fileira de sepulturas infantis.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Meu Deus, estranho mundo este em que vivemos cheio de pessoas
hostis. Ajuda-me a deixar um rastro de bondade, e não de ódio, por onde eu
passar.
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