William G. Johnsson
Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não
come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado. Romanos 14:23
Em pelo menos duas ocasiões, Jesus criou pão para alimentar
os famintos. Então o que havia de errado em transformar as pedras em pão quando
estava no deserto morrendo de fome?
Dois motivos tornavam aquele ato errado. Em primeiro lugar,
tal ação em benefício próprio teria colocado Jesus fora da arena da humanidade
comum. O milagre teria demonstrado que Jesus não era como nós, que não era
verdadeiramente humano, que poderia recorrer a recursos em si mesmo que não
estão ao nosso alcance.
Seria mais ou menos como a seguinte situação. Suponha que
alguns alunos do ensino médio estão jogando futebol e o diretor da escola se
junta a eles. Os times são formados, e o diretor joga com os demais. Tudo vai
bem até que o diretor vai para o gol. Ele deixa a bola passar e ouve o árbitro
afirmar "Gol!" O que você pensaria se o diretor dissesse "Não
foi gol! Juiz, é melhor você anular o gol. Eu sou o diretor e se eu estou
dizendo que não foi gol, é porque não foi!"
O que aconteceria com o jogo? Viraria uma confusão, porque
um jogador não respeitara as regras.
Se Jesus tivesse dado ouvidos ao tentador e transformado as
pedras em pão, teria destruído a Sua missão como o Deus-homem. Sua incumbência
incluía calçar nossos sapatos, enfrentar nossos testes, contando apenas com o
poder do Espírito Santo, o qual está disponível a todos nós.
Em segundo lugar, transformar as pedras em pão teria sido
errado, porque teria procedido da dúvida, não da fé. "Se és o Filho de
Deus ... ", disse o diabo, pondo em dúvida a divindade de Cristo. Realizar
o milagre seria mostrar que Jesus acreditou em Satanás e não em Deus, que Ele
precisaria de um ato espetacular para certificar-se de quem Ele era.
Essa foi a maneira em que a serpente veio à Eva no Jardim do
Éden. "Foi assim que Deus disse ...?” O cristianismo é um relacionamento –
um caso de amor com Cristo – e como todo relacionamento está fundamentado na
confiança. Tudo que está fora da órbita da confiança enfraquece o
relacionamento.
O apóstolo Paulo demonstrou em sua vida o quanto ele
valorizava os relacionamentos. Procurou ter sempre uma consciência livre de
ofensas seja para com Deus, seja para com os homens. Façamos o mesmo hoje!
ORAÇÃO
Senhor, quando a hora da prova vier e eu for tentado a
duvidar dos Teus caminhos ajuda-me a confiar. Ao me atirar em Teus braços de
amor sei que estarei seguro, pois Tu és sábio, justo e amoroso.
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