William G. Johnsson
Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por
este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o
pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte. Tiago 1:14, 15 NVI
Em sua obra épica A Divina Comédia, Dante representa
graficamente a natureza de nossa batalha contra o mal. Ele tem 35 anos, e
encontra-se em uma floresta sombria. Mais adiante vê o topo de uma montanha,
uma representação da vida que ele busca. Apressadamente começa a caminhar em
direção ao seu ideal.
Subitamente, três bestas surgem da floresta e caem sobre
ele. O primeiro é um leopardo, “ágil, leve e coberto com uma pele manchada”. Em
seguida, um leão pula em cima dele, “com a cabeça empinada e louco de
fome". Por último surge uma loba magricela: "Em sua magreza, parecia
cheia de todos os desejos".
Esses animais ferozes que desafiavam a subida de Dante para
a montanha iluminada representam os diversos tipos de tentação.
"O Leopardo representa a luxúria, uma tentação que
assedia a juventude. O poeta amou a beleza do Leopardo. Ele ficou fascinado com
‘as manchas da pele desse veloz animal das madrugadas’. Amou essa doce estação
da vida."
"Os pecados da juventude têm seu encanto próprio, as
seduções da beleza. Essas glamorosas tentações são difíceis de definir e ainda
mais difíceis de resistir, pois permanecem encobertas com o idealismo e a
inocência da juventude.”
O leão representa o pecado do orgulho – a tentação de nossos
anos de maturidade. Realização e sucesso nos tornam vulneráveis a esta nova
abordagem do maligno.
"Finalmente, a Loba da avareza aproxima-se por trás de
nós, numa perseguição persistente. Ela não vem necessariamente após certa
idade, mas assim que alcançamos uma grande realização. Ocorre quando o
interesse próprio e a cobiça fecham nossas mãos e nosso coração. Parece irônico
que um homem que tenha sobrevivido ao lutar com o bonito Leopardo e o poderoso
o Leão venha finalmente a sucumbir diante das astutas ciladas do Lobo, mas
essas são as armadilhas da vida adulta (Dorothy Minchin-Comm, “Três Bestas”,
"Adventist Review, 7 de maio , 1987).
Nós também vagueamos na floresta sombria. Constantemente
somos vítimas de animais ferozes. Erguemos os olhos para o topo da montanha e
sabemos que não podemos alcançá-lo sozinhos. Entretanto, Alguém nos toma pela
mão. Ele será o nosso guia hoje.
ORAÇÃO
Mestre. Livra-me de achar que sozinho poderei ser vitorioso
contra o mal. Não permitas que eu caia em tentação. Faze com que pela comunhão
contigo eu permaneça firme em Teus caminhos.
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