"Somos o número um! Somos o número um!" O refrão
vem de fãs de equipes vencedoras nos esportes - mesmo que sejam apenas jogos do
ensino médio. Hoje em dia, ganhar não é apenas parte do jogo, mas tornou-se a
sua própria essência. Os noticiários da televisão enfatizam "a emoção da
vitória, e a agonia da derrota."
João Batista ficou feliz em ser o número dois. Ele não se
importava com a mudança na popularidade – a multidão que antes suspiravam
diante de cada palavra sua voltou a atenção para Jesus. Isso incomodou aos
discípulos de João, mas não a João. Ele havia tocado o primeiro violino e
tocado bem; agora estava contente em assumir o papel de segundo violino.
É mais difícil tocar o segundo violino. É mais difícil ser o
número dois. Todos nós gostamos dos holofotes, da atenção, dos elogios. Mas a
sociedade e a Igreja dependem dos segundo violinistas. Se todos tocassem o
primeiro violino, como poderia haver a orquestra? Os segundo violinistas
providenciam condições tranqüilas para que a música da vida aconteça.
O apóstolo Paulo salientou o mesmo ponto, usando uma metáfora
diferente. Comparando a igreja a um corpo, ele disse, "O olho não pode
dizer à mão: ‘Não preciso de você!’ Nem a cabeça pode dizer aos pés: ‘Não
preciso de vocês!’ Ao contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos
são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos
com especial honra" (I Coríntios. 12:21-23, NVI).
Se pensarmos bem, essa moderna obsessão pela vitória é tola
e auto-destrutiva! Quantas equipes podem ser a número um? Quantas pessoas podem
tocar o primeiro violino? Quantos membros da Igreja podem ser os anciãos e
diáconos?
Ao invés de tentar ser o número um, será bem melhor se
esforçar para fazer de Cristo o número um em nossas vidas e em nosso serviço.
Por que não desfrutar do jogo da vida e ao invés de somente pensar em vencer?
Ouça a música, desfrute da companhia dos amigos, esqueça um pouco de si mesmo.
Jesus, na verdade, inverteu a moderna escala de valores que
conhecemos. Embora ele tenha sido o número um, tornou-se o número dois – ou o
último da fila. E para nós, que viríamos a ser Seus discípulos, Ele diz:
"Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem
quiser ser o primeiro deverá ser escravo" (Mateus 20:26, 27, NVI).
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Querido Jesus, Tu que viestes a este mundo como um servo da
humanidade, ensina-me a servir. Pois somente assim conhecerei a felicidade do
Teu reino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário