Jesus e Cleopas
Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso
coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” Lucas
24:32, NVI.
Domingo. Jesus havia ressuscitado dentre os mortos horas
antes, mas poucos de seus discípulos acreditam no relatório das mulheres.
Agora, dois deles, Cleopas e outro, estão a caminho de Emaús, um povoado
distante aproximadamente onze quilômetros de Jerusalém.
Um assunto ocupa suas mentes – a morte de Jesus. Conforme
eles conversam o próprio Jesus se aproxima e junta-se a eles. Mas eles não O
reconhecem!
Como isso pôde acontecer? Primeiro Maria, no jardim, e,
agora, Cleopas e seu amigo, não reconhecem Jesus na pessoa que está ao lado
deles. Obviamente, o Cristo ressuscitado não estava banhado em luz, nada em sua
aparência chamava a atenção deles.
Maria, Cleopas e o outro discípulo não reconheceram Jesus,
porque não estavam esperando encontrá-Lo. Para eles, Jesus estava morto, não
vivo. "Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o
reconhecer", diz a Escritura (Lucas 24:16, ARA) – impedidos pela
incredulidade.
Fico imaginando quantas vezes deixamos de reconhecer Jesus
porque não esperamos encontrá-Lo. Quantas vezes a incredulidade tem fechado
nossos olhos?
Mas Jesus não fica ofendido. Ele conversa com eles a
respeito das profecias do Antigo Testamento que mostram que a Palavra de Deus
havia predito os sofrimentos e a morte do Messias. (Como eles puderam não
distinguir aquela voz que lhes explicava as Escrituras?)
Está ficando tarde. O estranho parece inclinado a seguir
adiante, mas eles insistem; "Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já
está quase findando" (versículo 29, RSV). Pense comigo – e se eles não
tivessem convidado Jesus para entrar? Que bênção teriam perdido! Será que Jesus
já passou por nós sob a forma de um de Seus "pequeninos" e perdemos
bênçãos preciosas?
Jesus entra na casa deles em Emaús. Eles preparam o jantar e
o convidam para pedir a bênção sobre o alimento. Ele estende as mãos para
abençoar o pão – e de repente seus olhos são abertos! "Os discípulos
recuam assombrados. Seu Companheiro estende as mãos exatamente da mesma maneira
como o fazia o Mestre. Olham outra vez, e eis que Lhe vêem nas mãos os sinais
dos cravos. Ambos exclamam imediatamente: É o Senhor Jesus! Ressuscitou dos
mortos!" (O Desejado de Todas as Nações, p. 800).
Mas Ele desaparece antes que possam adorá-Lo. Está escuro
agora, mas Cleopas e seu amigo levantam-se rapidamente da mesa e voltam para
Jerusalém. Os quilômetros voam; o coração bate acelerado de alegria. Ao chegar
à cidade, eles contam aos discípulos "como Jesus fora reconhecido por eles
quando partia o pão." (v. 35, RSV).
Ainda reconhecemos Jesus no partir do pão – a Sua Ceia.
ORAÇÃO
Companheiro celestial abre meus olhos para contemplar as
Suas manifestações em minha vida.
Autor: William G. Johnsson
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