Três Anos de Graça
William G. Johnsson
Então contou esta parábola: Um homem tinha uma figueira
plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum. Por isso
disse ao que cuidava da vinha: “Já faz três anos que venho procurar fruto nesta
figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra?” Respondeu o
homem: “Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a
adubarei. Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a”. Lucas
13:6-9, NVI.
Esta pequena parábola, encontrada somente no Evangelho de
Lucas, comumente não é notada.Você já ouviu um sermão sobre ela, ou já leu um
artigo sobre ela?
O contexto lança luz sobre o que Jesus queria dizer. Nos
versos imediatamente anteriores, Ele comentou sobre a morte sangrenta dos
Galileus mortos por Pilatos. Este massacre específico não é mencionado pelos
historiadores, mas eles mencionam outros massacres ordenados pelo governador
romano.
Aparentemente, os judeus tinham chegado a conclusão que os
infelizes Galileus, por serem pessoas muito más, tinham sofrido um julgamento
divino. Jesus rejeitou essa linha de pensamento, "Eu lhes digo que não!
Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão." (verso 3).
Jesus então contou a parábola da figueira estéril. Suas
palavras tinham tudo a ver com a nação de Israel. Apesar de seus inúmeros
privilégios, especialmente pelo fato de que o Messias tinha estado entre eles
por três anos, eles falharam em dar frutos para Deus. Três anos de graça! Mas
que haviam sido desperdiçados.
Nós também estamos representados nessa parábola. Não apontemos
o dedo para os judeus.
Graça! Quão maravilhosa! Vivemos na graça; é o ar em torno
de nós. A vida nos é dada; é um presente. Deus e Seu universo estão do nosso
lado. O mundo é bom, não mau. A graça nos levantou quando caímos e nossos
joelhos se esfolaram. A graça nos trouxe, até aqui.
Três anos de graça! Favores sobre favores. "Graça sobre
graça", diz o apóstolo João (João 1:16, NVI). As misericórdias de Deus não
falham; novas a cada manhã, elas nos sustentam.
Mas o que estes anos de graça trouxeram? Nós não
permanecemos do mesmo modo, os eventos da vida, os anos de graça, nos mudam.
Estamos escrevendo o nosso futuro a cada dia, escrevendo-o na rocha com caneta
de ferro. Ou estamos crescendo mais e mais a semelhança da imagem divina, ou
estamos desfigurando essa imagem cada vez mais terrivelmente. "O coração
que não atende aos convites divinos se endurece até tornar-se insensível à
influência do Espírito Santo" (Parábolas de Jesus, p. 218).
Autor: William G. Johnsson
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