O
Cordeiro que Deus providencia
William G. Johnsson
Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o
cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. Gênesis 22:8
Após aproximadamente 4.000 anos a história de Abraão e
Isaque no monte Moriá ainda mexe com nossas emoções. Maravilhamo-nos com a firmeza
de propósito do velho homem: de onde ele tirou forças para obedecer a voz
divina? Como ele poderia estar seguro de que era realmente a voz de Deus e não
o sussurro de um demônio? Como ele esteve disposto a cravar aquela faca no
pescoço do seu único filho, o aguardado filho de sua velhice?
Maravilhamo-nos com a coragem do rapaz. Conforme ele o e pai
caminhavam a curiosidade se tornou em ansiedade, a ansiedade se transformou em
preocupação, e a preocupação finalmente deu lugar à verdade absoluta quando o
rapaz encarou a morte de frente. Sua pergunta nos assombra: “Eis o fogo e a
lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gênesis 22:7). Então
finalmente quando o altar é construído e a madeira colocada sobre ele, sem
luta, sem protesto, o rapaz é amarrado à espera da morte.
E nos maravilhamos com a provisão feita por Deus neste teste
da humanidade profundamente tocante.
Embora Abraão tivesse falado para seu filho de que o Senhor
providenciaria o cordeiro, ele não havia compreendido a profundidade de suas
próprias palavras. Ele tomou a faca para matar o seu próprio filho, “porque
considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de
onde também, figuradamente, o recobrou” (Hebreus 11:19). Mas o próprio Deus
havia providenciado um sacrifício! “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de
si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos” (Gênesis 22:13). Por isso
ele chamou aquele lugar Jeová-Jireh, “o Senhor proverá” (verso 14).
Próximo daquele lugar, quase 20 séculos mais tarde, Deus
novamente providenciou um cordeiro. Outro Pai deu o seu único filho; outro
Filho deu passos obedientes até a morte. “Foi para impressionar o espírito de
Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe provar a fé, que Deus o
mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos
daquela terrível prova, foi permitida para que compreendesse por sua própria
experiência algo da grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a
redenção do homem” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 154) -William G.
Johnsson
Oração
Querido Deus, muito obrigado por teres dado o teu Filho para
morrer em meu lugar. Ajuda-me a também lhe entregar algo difícil a fim de
aprofundar nossa amizade. Talvez possa ser alguns minutos do meu tempo, talvez
perdoar alguém, ou mesmo doar uma quantia em dinheiro. Aceita este pequeno ato
como um gesto de amor e gratidão. Em nome do teu Filho, Amém.
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