Siló
William G. Johnsson
O
cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha
Siló; e a ele obedecerão os povos. Gênesis 49:10
Judá não era o filho mais velho de Jacó; pela lei da
descendência o papel da liderança não deveria ter sido dele. Rúbem, o
primogênito, era a pessoa que devia ocupar essa posição. Mas Deus não está
preso à regras e categorias humanas criadas para designar algumas pessoas como
superiores e outras como inferiores. Deus rompe com as barreiras estabelecidas
pelo homem de casta, cor, sexo e status a fim de realizar Seus propósitos.
Portanto Ele deixou de lado o impetuoso Simão “turbulento como as águas”
(Gênesis 49:4 NVI), e designou Judá como a principal tribo de Israel.
Quando Israel quis um rei, Saul, um benjamita, emergiu como
o primeiro monarca da nação. O reinado de Saul logo descambou para a
desobediência e fracasso. Então Deus escolheu um homem segundo o seu coração (1
Samuel 13:14). Ele escolheu um jovem pastorzinho das colinas de Belém, sem
experiência, bronzeado pelo vento e pelo sol, um poeta, e o encheu de coragem
despretensiosa – Davi, da tribo de Judá. Assim como o seu ancestral que recebeu
a promessa do texto de hoje, Davi não era o filho mais velho em sua família.
Este garotinho pastor veio a se tornar o mais famoso rei de
Israel. Poderoso na guerra, forte na paz, o doce cantor do seu povo, tornou-se
um rei admirado e amado pela nação, a despeito de seus fracassos pessoais. Para
sempre Israel olharia para traz, para a era Davídica, como o auge do seu
sucesso.
Eles também olhavam para o futuro, para o novo rei Davídico.
Apesar de a nação ter sido levada em cativeiro, eles esperavam que a árvore
cortada próxima da raiz pelos inimigos voltasse a florescer. Eles esperavam que
do tronco de Jessé saísse um rebento, de suas raízes um Ramo (Isaías 11:1).
Devido a essa antiga promessa de um Rei assim, eles viviam com esperança. De
Judá, finalmente, se levantará o supremo governante, Siló – “aquele a quem [a
nação de Israel] pertence por direito” (Ezequiel 21:27). Não um usurpador, não
um político aproveitador, não um general esperto – mas Siló, o verdadeiro Rei
de Israel, “e a ele obedecerão os povos.”
Depois de mais de 2.000 anos de espera uma voz foi ouvida:
“Aqui estou ... , para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10:7). Um novo
filho de Davi, um novo descendente de Judá, havia chegado. Num estábulo de
Belém o choro de um bebê quebrou o silêncio da noite. Havia chegado Siló, o
verdadeiro Rei de Israel, e através dEle as nações seriam levadas a obedecer à
Deus. William G. Johnsson
ORAÇÃO
Querido Jesus, rei de Israel. Mostra-me se existe em mim
algum caminho mau e dá-me forças para abandonar o que for preciso a fim de
tê-lo como rei da minha vida. Amém.
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