A estrela de Jacó
William G. Johnsson
Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto;
uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro... Números 24:17
Balão era um profeta apostatado, mas falou essas palavras
por revelação divina. Sua cobiça o havia levado a desobedecer às
instruções de Deus, e ele tinha vindo com Balaque, rei de Moabe, para
amaldiçoar Israel. Mas quando ele caiu em transe profético ele falou da parte
de Deus. Ao invés de amaldiçoar ele abençoou. Portanto o fato de sermos
conduzidos por Deus ou usados por Deus não é em si mesmo uma prova de que
estamos andando no caminho da vontade divina. Nem deveríamos interpretar
dificuldades e sofrimentos como um sinal seguro de que Deus não está satisfeito
conosco.
As palavras de Balaão alcançam nossos ouvidos com surpreendente
poder nestes dias. Vivemos na era das “estrelas”. Não me refiro aos corpos
celestes e às previsões dos horóscopos, mas às “estrelas” humanas que
caracterizam a nossa era.
Vemos “estrelas” nos filmes cinematográficos ou nos campos
esportivos. Eles parecem ser de outro mundo, cada fio de cabelo arrumado com
estilo, cada ruga encoberta. Eles tem sempre a palavra certa, pronunciada no
momento exato em com a correta entonação para o máximo efeito. Eles realizam
feitos super humanos, resgatando a garota em perigo, pegando aquela bola no
momento crucial do jogo, marcando o ponto necessário para ganhar o jogo.
Quantos jovens e idosos também passam horas e horas sonhando com as “estrelas”?
Obter o autógrafo deles é tido como uma grande realização. Ser uma “estrela” –
isso seria o céu!
Nós temos uma estrela. Mais elevada que a nossa mais elevada
compreensão é o homem Jesus de Nazaré. Numa época em que o mundo corre atrás de
seus ídolos humanos, nós queremos contemplá-lo.
Quando o vemos, confirmamos sua verdadeira e completa
humanidade. Tudo o mais e todos os demais perdem o seu brilho. Eles não podem
competir com as genuínas qualidades que Ele exibe. Ele merece ser uma
estrela – pelo que Ele é e pelo que realizou.
A profecia visual de Balaão traz, entretanto, uma triste
notícia: “contemplá-lo-ei, mas não de perto”. Balaão previu a chegada da
estrela de Jacó, mas não como alguém do Seu grupo. Ele estaria de fora do Seu
reino. Que hoje não fiquemos tão cegados pelas “estrelas” terrestres a ponto
de, com Balaão, nos distanciarmos da estrela verdadeira.
ORAÇÃO
Senhor. Ajuda-me a valorizar o que é eterno. Que eu seja
atraído mais pela beleza de Jesus do que pelo brilho da fama, riqueza ou poder.
Que os meus olhos possam Te ver bem de perto, hoje e sempre. Amém. William G.
Johnsson
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