Uma
tríplice história de amor
William G. Johnsson
ORAÇÃO
William G. Johnsson
Rute,
porém, respondeu: Não insistas comigo que te deixe e que não mais te acompanhe.
Aonde fores irei, onde ficares ficarei! O teu povo será o meu povo e o teu Deus
será o meu Deus! Rute 1:16 NVI
Localizado entre as batalhas sangrentas de Josué e as
guerras de 1 Samuel encontramos o pequeno livro de Rute. Uma jóia literária e
de sabedoria espiritual, que apresenta uma tríplice história de amor.
As famosas palavras do nosso verso de hoje nos apresentam a
primeira história de amor – o amor de uma mulher por sua sogra. É uma afeição
extraordinária, uma afeição totalmente desprovida de interesse financeiro. O
esposo de Rute estava morto. Noemi não tinha mais filhos, e as duas mulheres
eram de diferentes raças e culturas. Por séculos piadas tem sido feitas a
respeito de sogras. Mas Rute era uma pessoa incomum e Noemi ainda mais incomum.
Um laço puro e desinteressado de amor unia essas duas mulheres que tinham tão
pouco em comum.
Rute, uma jovem mulher e uma estrangeira se encontra com
Boaz. Assim tem início a segunda história de amor do livro de Rute. Boaz é
famoso na cidade, “era um homem rico e influente” (Rute 2:1). Ele é dono de
lavouras e emprega e despede funcionários. Ele fala como se fosse
consideravelmente mais velho que Rute, chamando-a de “minha filha” (verso 8). É
uma união improvável – o rico fazendeiro e a pobre viúva estrangeira – mas eles
se apaixonam. Rute, a Moabita, torna-se membro da linhagem da qual viria a
Messias (Rute 4:13-22; Mateus 1:5-16).
Existe uma terceira história de amor aqui? Sim, existe. Pois
Boaz, que agiu de forma tão benevolente para com Rute, é também o “parente
resgatador”, aquele que tem o direito de redimir (Rute 3:12; 4:4-6). A lei do
parente resgatador, dada por Deus aos Israelitas, foi uma sábia provisão para
socorrer famílias passando por situações difíceis. Por suas diretrizes, pessoas
que estavam passando por dificuldades financeiras não podiam ser vendidas como
escravas ou ter suas terras vendidas, sua mais preciosa possessão. Ao invés
disso, seu parente mais próximo deveria intervir para “redimir” a terra,
assegurando que esta continuasse a pertencer à família. A lei exigia também o
cuidado de uma viúva que havia ficado sem filhos.
Portanto Boaz e Rute contam uma terceira história – a
história do amor de Cristo por nós. Nós estamos empobrecidos, sozinhos,
estrangeiros; mas Ele é o parente “resgatador”. Ao se tornar homem, ao se
tornar um conosco, Ele adquiriu o direito de nos redimir.
ORAÇÃO
Querido Deus, se algum dia eu passar por dificuldades
financeiras ou situações muito difíceis lembra-me de que tenho a Ti como o meu
amoroso “resgatador”. E para as lutas de hoje, dá-me a certeza da Tua
companhia. Em nome de Jesus. Amém. William G. Johnsson
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