Meu
redentor vive
William G. Johnsson
Algumas das nossas mais profundas percepções são forjadas no
cadinho do sofrimento. Aqui está Jó, sentindo-se completamente esquecido e
proferindo talvez uma das mais belas expressões de fé de todo o Antigo
Testamento. Em todo o capítulo 19 desse livro não encontramos nada que sirva de
base para a declaração gloriosa encontrada no verso 25.
Jó lamenta que Deus havia se voltado contra ele: “Sua ira
acendeu-se contra mim; ele me vê como inimigo” (Jó 19:11). Seus parentes o
abandonam (versos 13 e 14); até mesmo os funcionários de sua casa (versos 15 e
16) e as crianças (verso 18) o desrespeitam. Ele apela, em vão, para seus
amigos (versos 21 e 22), e até faz uma declaração fantasiosa de que a
posteridade irá compreende-lo (versos 23 e 24). Toda fonte humana de conforto e
encorajamento havia falhado. Ele havia sido reduzido a um ninguém. Então
do nada surge uma canção de fé: “eu sei que o meu Redentor vive” (verso 25). O
copo de sofrimento exibe uma jóia em seu interior.
No dia de Natal de 1895, enquanto em Rochester, Nova Iorque,
Ellen White viu em visão uma videira entrelaçada ao redor de um aglomerado de
árvores. Então as árvores começaram a oscilar como se movidas por um poderoso
vento, e a videira foi lançada para longe do seu suporte. Finalmente uma pessoa
passou por ali e cortou a última gavinha da videira que então caiu ao chão. As
pessoas passaram por ela e sentiram pena dela, mas ninguém moveu um dedo para
erguer a videira.
Então um anjo veio até a videira e colocando os seus braços
ao redor da videira a ergueu. O anjo deu a seguinte ordem para a videira:
“Permaneça ereta em direção ao céu e lance as tuas gavinhas em direção à Deus.
Tu estás desprovida de qualquer apoio humano. No poder de Deus, você pode
permanecer de pé e florescer sem depender de ninguém. Descansa somente em Deus
e nunca mais serás desamparada ou lançada por terra.” Quando Ellen White
perguntou acerca do significado da visão o anjo disse, “Tu és esta videira”
(Testemonies, vol. 1, p.583-584).
Previamente em sua experiência Jó havia clamado por um
“intercessor”, isto é um mediador ou árbitro. Agora a fé alcança a compreensão
de que existe Alguém que defende o homem nas cortes celestes. É aquele que
“vive sempre para interceder” por nós (Hebreus 7:25). Ele é o defensor por excelência.
ORAÇÃO
Senhor, minha tendência natural é olhar para as
circunstâncias a fim de me sentir seguro. Mesmo que me falte apoio humano,
dá-me a certeza de que estou amparado por meu defensor celestial, Jesus. Amém. William
G. Johnsson
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