O Cristo Resoluto
William G. Johnsson
Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. Lucas 9:51, NVI.
Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. Lucas 9:51, NVI.
Se você quiser conhecer pessoas esbeltas, saudáveis e com um
brilho nos olhos, compareça a um encontro de maratonistas. Nada de barrigas ou
cigarros, nada de ombros caídos, nada de faces pálidas aqui. Eles eletrificam o
ar, cheios de antecipação e desejo, ao se reunirem para a largada da maratona.
Mas dê uma olhada nessas mesmas pessoas três, quatro, ou
cinco horas depois de terem forçado seus corpos a completar a maratona! Estão
sentados ou deitados exaustos. Não falam. Seus rostos estão desfigurados. Seus
olhos contam histórias de luta para completarem os 42 km.
Vi rostos semelhantes no Monte Kilimanjaro. Em setembro de
1988, seis de nós escalamos o pico de 5.900 metros. Milhares de pessoas já
escalaram a montanha – a qual não exige equipamentos sofisticados – mas a
distância (99 km ida e volta), a altitude e o frio não são vencidos facilmente.
Antes da subida vimos os que tinham retornado da extenuante jornada de cinco
dias. Sentaram-se e comeram em silêncio. Deram respostas curtas para as
perguntas sobre como era a subida. Seus olhos contavam uma história de luta,
dor – e determinação.
Quatro dias mais tarde entendemos – depois que escalamos o
Kilimanjaro!
Jesus partiu resolutamente para Jerusalém. Ele havia estado
lá antes, mas desta vez era diferente. Sabia que seria sua última visita. Sabia
que a traição, a zombaria, o açoite, a crucificação e a morte o aguardavam lá.
Mas Ele resolveu firmemente ir a Jerusalém. O livro de
Isaías nos diz que Ele ficou firme como uma rocha (Isaías 50:7, NTLH). Ele
tinha nascido para isso: para morrer.
Quando Jesus fechou as portas da carpintaria em Nazaré,
cerca de três anos atrás, e rumou para o Jordão, onde João estava batizando,
Ele sabia que no final da estrada estaria Jerusalém. Ele sabia que não importa
quão popular se tornasse por um período de tempo, não importa quão bem sucedido
Seu ministério parecesse perante o grupo de seguidores que devotadamente
mantinham-se perto dEle, tudo terminaria numa cruz.
Jesus era um homem de veludo e de aço. Tão manso, tão
gentil, amigo das crianças, amigo dos pecadores; compassivo, tolerante, bondoso
– Ele possuía um toque de veludo.
Mas Jesus também tinha mãos de aço e uma vontade de aço. Ele
conseguia chicotear os gananciosos comerciantes do Templo. Ele conseguia
enfrentar de forma irada a hipocrisia da instituição religiosa. E quando a hora
chegou, ele determinou resolutamente ir a Jerusalém.
Veludo e aço – perceba como esses elementos se mesclam nas
cenas finais da vida e ministério de Cristo.
ORAÇÃO
Querido Deus, conceda-me a graça de ser uma pessoa de veludo
e aço, como Jesus.
Autor: William G. Johnsson
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