Amaldiçoando a Figueira
William G. Johnsson
Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela,
mas nada encontrou, a não ser folhas. Então lhe disse: “Nunca mais dê frutos!”
Imediatamente a árvore secou. Mateus 21:19, NVI.
É esta a única mancha na vida perfeita de Cristo, a única
ocasião em que ele sucumbiu a um descontrole temperamental?
Ao longo da história de Jesus registrada nos Evangelhos, Ele
se recusou a exercer o Seu poder para benefício próprio. Quando o tentador
aproximou-se dele após os 40 dias de jejum no deserto, com a sugestão de que
Jesus transformasse pedras em pão, Jesus rejeitou completamente esta opção.
Embora Ele já tivesse comandado 10 mil anjos, embora Seus dedos tenham dado
forma as estrelas e as lançado no espaço, Ele limitou a si mesmo durante o
período de sua jornada terrena. Como o Desbravador da nossa salvação, Ele se
valeu apenas daquelas agências divina a que nós, seus irmãos e irmãs, temos
acesso.
Então como entender suas ações na manhã da última
segunda-feira de sua vida terrena? Após os acontecimentos tumultuosos do dia
anterior – a entrada triunfal em Jerusalém e a purificação do Templo – Jesus
tinha voltado a Betânia para passar a noite (Mateus 21:17). Agora, ao retornar
para Jerusalém no início da manhã antes do desjejum, Ele vê uma figueira à
distância. De longe os discípulos vêem que está com folhas – o que significa
que deveria ter figos também, pois os pequenos figos aparecem antes das folhas.
Mas quando se aproximam da árvore, ficam desapontados: é estéril.
Então Jesus pronuncia uma maldição sobre a figueira estéril.
Rapidamente a árvore murcha e morre. Marcos relata que na manhã seguinte a
figueira estava seca desde as raízes (Marcos 11:20).
A despeito do ponto de vista de alguns críticos da Bíblia,
esse não foi um ato mesquinho da parte de Jesus, uma exibição temporária da
paixão humana. Suas ações correspondem exatamente a uma parábola contada por
Ele meses antes (Lucas 15:6-9). Nela, Ele descreveu uma figueira plantada numa
vinha. O proprietário a inspecionava a cada ano esperando encontrar frutos –
mas a árvore permanecia estéril. Por fim, ele deu a árvore mais um ano de
graça, mas instruiu o jardineiro que se a árvore continuasse infrutífera, ele
deveria cortá-la.
Através da parábola contada anteriormente e por suas ações
naquela segunda de manhã, Jesus ensinou que o tempo estava se esgotando para os
Israelitas.
Mas a parábola e a história se aplicam a nós também. A graça
é maravilhosa, mas não devemos tratá-la de forma leviana. O tempo se esgota
para indivíduos, bem como para nações. A graça recebida na vida nos transforma
– faz-nos produzir frutos. Cristãos infrutíferos são uma ofensa à sua profissão
de fé.
ORAÇÃO
Ó Senhor da vinha, produza frutos em minha vida, hoje.
Autor: William G. Johnsson
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