Bebês ou Adultos?
William G. Johnsson
Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque
escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.
Mateus 11:25, NVI
Será que Deus quer que sejamos bebês ou adultos espirituais?
Como podemos harmonizar as diferentes vertentes da Escritura sobre este
assunto?
No evangelho de Mateus encontramos um forte incentivo em
favor da meninice espiritual. O texto de hoje nos diz que os
"pequeninos", e não aqueles que se consideram maduros e sábios, em
assuntos religiosos, recebem a revelação divina.
Isso, é claro, foi o que aconteceu com o povo dos dias de
Jesus. Os intelectuais – os escribas, fariseus e saduceus – em grande parte o
rejeitaram. Apenas alguns, como Nicodemos e José de Arimatéia, tiveram olhos
para reconhecer quem Ele era. Foram as pessoas comuns – pescadores e
agricultores – que aceitaram a Jesus como o Messias.
Noutros relatos do Evangelho de Mateus, Jesus diz: "a
não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no
Reino dos céus" (Mateus 18:5, NVI). E Ele chama os seus discípulos de
"pequeninos" (Mateus 10:42, 18:6).
Em outros lugares, porém, a Bíblia incentiva fortemente o
crescimento espiritual. Pedro diz: "Cresçam, porém, na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18, NVI).
E no livro de Hebreus, os primeiros cristãos são repreendidos por terem falhado
em amadurecer: "Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês
precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da
palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se
alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.
Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante,
tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal." (Hebreus
5:12-14, NVI).
Qual, então, é o ideal de Deus para nós – a meninice ou a
maturidade?
Talvez não haja uma contradição, afinal. Deus quer que
permaneçamos bebês em alguns aspectos, mas não em outros.
Quando inicialmente aceitamos a Jesus, viemos confiando,
crendo em Sua palavra, reivindicando a Sua promessa de perdoar. Reconhecíamos a
nossa fraqueza, a nossa desesperada necessidade de Jesus. Devemos manter sempre
esta atitude, não importa há quanto tempo tenhamos sido cristãos. Devemos ser
"pequeninos" em nossa dependência dEle. Devemos possuir uma confiança
infantil em Seu amor e força.
Mas, enquanto mantemos essa atitude de dependência, Deus
quer que cresçamos na graça. Ele deseja que o poder do Espírito diariamente nos
transforme cada vez mais à imagem de Cristo.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Jesus Querido. Preserva em mim a atitude de humilde
dependência de Ti. E transforma-me para que eu represente o Teu caráter
adequadamente.
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