A Rede de Pesca
William G. Johnsson
O Reino dos céus é ainda como uma rede que é lançada ao mar
e apanha toda sorte de peixes. Mateus 13:47, NVI
Quando eu era criança, passei muitas horas à beira-mar. Um
parente tinha uma rede de pesca, e muitas vezes os meus irmãos – todos mais
velhos do que eu – organizavam excursões ao oceano com o objetivo de pescar.
Levávamos a rede mar adentro, em um barco a remo. Depois de
a lançarmos ao mar, rumávamos em direção à terra, segurando-a firmemente em
suas extremidades. Após arrastar a rede para a praia, contemplávamos a colheita
do mar.
Conforme a rede era puxada para fora da água o entusiasmo
tomava conta de nós. Contemplávamos, admirados, as coisas estranhas arrancadas
do leito marinho.
Na verdade, com freqüência encontrávamos um conglomerado
estranho e maravilhoso de vida animal e vegetal. Caranguejos e peixes, camarões
e polvos, criaturas viscosas e vegetações cheias de lama, juntamente com areia,
algas, e objetos banais, como uma laranja ou um pedaço de madeira – a rede de
pesca recolhia tudo.
Por muitos anos tenho "pescado" pessoas ao invés
de peixes, mas quão parecida com a colheita do mar é a igreja do Deus vivo. Os
cristãos são de uma variedade incrível; não possuem nenhuma marca que os
identifique como diferentes do resto da humanidade. Eles são negros, morenos e
brancos; são ricos, pobres e de classe média; são trabalhadores assalariados,
profissionais liberais e empresários; são jovens, de meia-idade e idosos; são
do sexo feminino e masculino. Eles vêm de todos os continentes, de "toda
nação, e tribo, e língua, e povo".
Devemos zelosamente preservar essa individualidade. Somos
fortes coletivamente na medida em que somos fortes separadamente. Alguns
Cristãos enfatizam certas práticas de vida saudável; alguns enfatizam aspectos
de uma doutrina em particular. Esta variedade é boa, desde que nos abstenhamos
de um espírito de julgamento e avancemos unidos no cumprimento da tarefa que
Deus nos confiou.
Meus irmãos e eu costumávamos separar os peixes bons dos
maus na areia da praia, mas na igreja este trabalho é atribuído aos anjos, não
a nós. Jesus disse no final da parábola: "Assim acontecerá no fim desta
era. Os anjos virão, separarão os perversos dos justos e lançarão aqueles na
fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes" (Mateus 13:49, 50,
NVI).
No livro do Apocalipse, lemos que as águas são um símbolo de
"povos, multidões, nações e línguas" (Apocalipse 17:15, NVI). A rede
da última mensagem de Deus está percorrendo as águas. Dela surgirá, finalmente,
o povo de Deus que vai morar com Ele para sempre. Essa será a gloriosa colheita
do mar.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Pai de todos nós. Obrigado pelos mais variados tipos de
Cristãos que com suas diferentes personalidades e experiências de vida produzem
uma igreja multifacetária. Que eu reconheça a importância da diversidade para o
cumprimento da missão.
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