O povo de Nazaré
Autor: William G. Johnsson
E ficavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus lhes
disse: “Só em sua própria terra e em sua própria casa é que um profeta não tem
honra”. Mateus 13:57, NVI
Como o povo de Nazaré podia ser tão cego? Qual a razão para
se ofenderem com a popularidade de Jesus no restante da Galiléia? Eles poderiam
ter orgulhosamente propagado que Ele era nativo da cidade deles!
Será que foi por causa do sermão que Ele pregou na sinagoga
local no início do seu ministério? Eles não receberam bem a mensagem, quando
Ele reivindicou ser o cumprimento da profecia de Isaías capítulo 61:1-3,
principalmente porque ele repreendera o ceticismo deles. Na verdade, o sermão
terminou com um atentado violento. Aqueles que vieram adorar naquele Sábado se
enfureceram a ponto de tentar matá-lo! (Ver Lucas 4:16-44).
Os moradores de Nazaré pensavam que sabiam tudo sobre o
jovem Jesus. Seus irmãos e irmãs não moravam ainda na cidade? Não havia Jesus
crescido no meio deles? Porque ele se achava tão inteligente? Ele estava se colocando
como alguém importante – alguém melhor do que eles. Bem, eles sabiam tudo sobre
ele, e eles não lhe permitiriam desfilar diante deles com a cabeça empinada.
Conseqüentemente, Jesus não passou muito tempo em Nazaré.
Mateus nos diz que Ele não fez nenhum milagre ali, por causa da incredulidade
dos seus conterrâneos (Mateus 13:58). Jesus simplesmente se retirou e fez de
Cafarnaum, em vez de Nazaré, a sua base operacional para seu ministério na
Galiléia.
Isso ainda acontece – um profeta raramente é honrado em sua
própria pátria. Alguns dos principais artistas do mundo recebem poucos elogios
em sua própria região ou país, e obtém a relutante aceitação do povo de casa só
depois de terem estabelecido uma reputação nacional ou internacional.
Que Deus nos salve da mesquinhez dos homens de Nazaré! Sua
principal culpa – a inveja , o desejo de diminuir o outro – pode aparecer,
mesmo na igreja. Qualquer pessoa que busque ser um agente de mudança para o
avanço da obra do Senhor, enfrentará a oposição de pessoas com a mentalidade
“do povo de Nazaré”. Qualquer pessoa que queira fazer alguma coisa
significativa para Deus pode esperar ser alvo de fofocas ou até mesmo acusações
por parte de algumas pessoas de mente estreita.
Anos atrás aprendi essa simples verdade: o sucesso de alguém
não é o meu fracasso. O progresso ou a ascensão de uma pessoa não me diminui em
nada. Que eu tenha a graça de sinceramente parabenizá-la pelo sucesso, ao invés
de sentir-me como se ela tivesse me roubado alguma coisa.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Ó Senhor da Igreja, livra-me hoje de mesquinhez. Que eu
possa ser generoso com o sucesso alheio e humilde com o meu.
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