Arranque-o e Jogue-o Fora
William G. Johnsson
E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora.
É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado
no fogo do inferno. Mateus 18:9, NVI.
Estas são palavras radicais. E aquelas que vêm imediatamente
antes não são menos graves. Jesus orienta seus seguidores a cortarem a mão ou o
pé que os leva a pecar.
Ao longo dos séculos, alguns cristãos fizeram exatamente
isso. Vergados sob um sentimento de culpa, mutilaram a si mesmos. Um deles, o
estudioso Orígenes, o qual nasceu perto do fim do segundo século e viveu no
terceiro século, supostamente castrou a si mesmo, na tentativa de obter a
vitória sobre o pecado sexual.
Será que Jesus pretendia que entendêssemos essas palavras
literalmente? Se fosse assim, as igrejas deveriam estar cheias de pessoas com
somente um olho, um pé, ou uma mão!
Pense no ministério de Jesus: Ele gastou o seu tempo
tornando os homens e as mulheres completos – fisicamente, emocionalmente,
espiritualmente. Ele restaurou mãos atrofiadas e pernas aleijadas. Ele fez o
cego ver e o surdo ouvir. Ele foi o curador, não o aleijador!
Em nenhum momento Jesus mandou Seus seguidores cortarem fora
suas mãos e pés reais ou arrancarem seus olhos reais. Ele não disse a Pedro que
cortasse a língua porque havia negado a Jesus, ou a Judas que cortasse a mão
que tinha recebido as 30 moedas de prata da traição.
Com estas palavras radicais Jesus quer que compreendamos a
gravidade do pecado. Ele nos convida a romper com qualquer hábito, qualquer
prática contrária aos ideais cristãos.
Aqui está uma grande verdade: o que não vencemos com a força
que Cristo nos dá, nos vence. Um pecado acariciado finalmente neutralizará todo
o poder do evangelho, diz Ellen White.
Todos têm pecados acariciados. Alguns são do olho – talvez
revistas, livros ou programas de TV ou filmes que desonram a Cristo. Alguns são
da mão – práticas que sabemos que são erradas, mas que racionalizamos. Alguns
são do pé – lugares que gostamos de ir, ou que nos abstemos de ir, quando
deveríamos estar lá.
O pecado é uma doença, mas Jesus é o médico. O pecado exige
um tratamento radical, mas Ele é o cirurgião divino. Por sua graça seremos
tornados completos.
Autor: William G. Johnsson
ORAÇÃO
Senhor, dá-me forças para abandonar aquele pecado
acariciado, pois não quero que nada me separe de Ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário