A Parábola da camélia
William G. Johnsson
Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher
uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Mateus 7:16, NVI
"Essa camélia terá muita dificuldade para sobreviver no
inverno", disse o atendente do meu viveiro favorito. "Seu nível de
robustez é apenas marginal para esta região."
A área de Washington, DC, tem verões quentes e úmidos, e um
inverno ameno. Mas em janeiro, fevereiro ou março, um gelado vento do norte às
vezes aparece, fazendo com que a sensação de frio se torne 20 a 50 graus centígrados
abaixo de zero. Um vento como esse poderia congelar a camélia.
Mesmo assim, decidi assumir o risco. Trouxe a camélia para
casa com suas brilhantes folhas verdes e seus botões já formados prontos para
uma explosão de cor no mês de Fevereiro. Numa tarde quente de Setembro, cavei
um buraco bem perto da casa (as camélias gostam de sombra), e nele coloquei a
camélia. Imaginei que naquele local a flor estaria protegida dos ventos.
O Outono chegou e depois o inverno. Os botões da camélia
começaram a abrir e tons de rosa tingiram as pontas das pétalas. Fevereiro
estava para chegar.
Mas em fevereiro um vento seco, frio, gelado, vindo do norte
irrompeu. Soprou a noite inteira e todo o dia seguinte. Os botões da Camélia,
prestes a desabrochar, adquiriram um aspecto gélido marrom, as delicadas flores
morreram.
Na primavera, reguei e fertilizei a planta, e em agosto ela
havia produzido outra remessa de botões. Eles se desenvolveram ao longo do
outono e do inverno, mas desta vez aconteceu algo diferente. Somente em março a
camélia começou a exibir o tom róseo nas pontas, dando sinais de que iria
florescer. Entretanto, mais uma vez o vento norte atacou – em pleno mês de
março. Os botões novamente ficaram queimados e marrons, mas dois sobreviveram.
Escrevo estas linhas em uma linda manhã de primavera. A
camélia à minha porta alcançou seu terceiro inverno. Neste ano, ela produziu um
grande número de lindos botões rosa – em meados de Abril! Esses botões já
embelezam o nosso jardim por duas semanas.
Essa camélia, ao que parece, recusa-se a aceitar o
inevitável. Ano após ano, adaptou-se ao inverno de Washington, sem desistir. Se
a flor “sabe” alguma coisa, podemos dizer que ela “sabe” como produzir flores e
continuar a produzi-las, independentemente das circunstâncias.
Minha camélia é uma parábola da vida do cristão. A vida ou a
morte, o campo de concentração ou a riqueza, não podem impedir a fragrância de
uma vida escondida em Jesus. Quando amamos a Jesus e caminhamos com Ele, nossas
raízes se aprofundam, alimentam-se de uma fonte de água inesgotável.
Autor: William G.
Johnsson
ORAÇÃO
Ó Deus da Camélia, mantenha-me neste dia em viva conexão com
o Seu poder. Que a beleza de Cristo, se veja em mim.
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