A Lei da Auto-Preservação
Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair
na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. João
12:24, NVI.
O universo de Deus opera sobre princípios que são completamente
opostos à maneira como a maioria das pessoas encara a vida. Somente quando o
Espírito Santo abre os nossos olhos passamos a enxergar como Deus enxerga.
Vejamos a felicidade, por exemplo. Todos querem obtê-la –
mas a felicidade não é alcançada por persegui-la. Justamente o contrário: à
medida que esquecemos de nós mesmos e procuramos fazer alguém feliz, a
felicidade vem até nós.
Para a maioria das pessoas, o sucesso na vida significa
adquirir riquezas, e quanto maiores as aquisições, maior o sucesso. Muito tempo
atrás um rei sábio, que em alguns aspectos também foi muito fraco, descobriu a
falácia dessa linha de raciocínio. O livro de Eclesiastes narra a esterilidade
de sua busca. Ele perseguiu o prazer, a construção de empreendimentos, piscinas,
jardins e pomares; adquiriu servos, prata e ouro, corais e orquestras, mas no
final descobriu que tudo era vaidade, vazio (Veja Eclesiastes 2:1-11).
Talvez isso tenha levado Salomão a formular o provérbio:
"Há quem dê generosamente, e veja aumentar suas riquezas; outros retêm o
que deveriam dar, e caem na pobreza." (Provérbios 11:24, NVI).
Estamos prontos para a reversão definitiva dos valores
humanos? "A lei do sacrifício é a lei da conservação da vida. O lavrador
conserva seus cereais lançando-os fora, por assim dizer. O mesmo quanto à vida
humana. Dar é viver. A vida que há de ser conservada, é a que se dá
abundantemente em serviço para Deus e o homem. Aqueles que sacrificam a
existência por amor de Cristo neste mundo, conservá-la-ão para a vida eterna"
(Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 623, 624).
O cristianismo oferece a vida – mas o seu símbolo supremo, a
cruz, representa a morte! Em Jesus vemos o grão de trigo da parte de Deus sendo
lançado no sulco da necessidade do mundo. Graças à Sua disposição de enfrentar
até a morte em nosso benefício, temos a esperança da vida eterna. Pelas suas
pisaduras fomos sarados. Por meio dos Seus sofrimentos encontramos conforto.
Em um dia frio de Novembro, minha filha, Julie, e eu cavamos
buracos no escuro solo de Michigan, e depositamos alí bulbos – de narcisos,
tulipas, jacintos, açafrões – e corremos para dentro, pois a neve começava a
cair. Durante meses os bulbos permaneceram enterrados sob três metros de neve.
Mas quando Março chegou, a neve desapareceu, e a boa terra tornou-se visível
novamente – ao mesmo tempo apareceram trombetas amarelas, copos vermelhos e
laranjas, e sinos azuis.
De nossas vidas, simples e insignificantes como possam
parecer, brotam flores divinas, conforme nos lançamos no sulco de Deus.
ORAÇÃO
Agricultor divino, usa-me hoje em teu jardim segundo o Teu
propósito. Que eu sirva aqueles que estão ao meu redor, de forma natural e
espontânea, assim como as flores.
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