Jesus Significa Liberdade
William G. Johnsson
Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão
livres. João 8:36, NVI.
Pensemos em dois homens de nossa geração.
Para compreender a realidade vivida pelo primeiro homem,
imagine um quarto sem sol e sem tempo.Neste quarto é sempre dia – e sempre noite.
O lugar é um apartamento de cobertura em Acapulco, mas poderia ser qualquer
lugar, ou nenhum lugar.
Um homem vive neste aposento. Isto é, sobrevive. Sua altura,
que no passado era de um metro e noventa, diminuiu em vários centímetros. No
passado conseguia chamar a atenção de qualquer estrela de hollywood; agora,
pesa apenas 40 quilos. O cabelo está longo – chega à cintura; as unhas das mãos
estão enormes; as unhas dos pés cresceram tanto que parecem saca-rolhas.
Durante anos ele tem vivido assim, em apartamentos como
este. Permanece sentado ou deitado na cama, nu ou quase nu. Assiste filmes. Um
deles, Estação Polar Zebra (Ice Station Zebra), já assistiu 150 vezes. As
empregadas cuidam dele. Trazem tudo o que ele solicita – mas ele não pede quase
nada. Senta-se por horas, recolhendo seus longos cabelos, deixando-os cair,
recolhendo-os, deixando-os cair. Às vezes, pega o telefone e diz: "Bob,
sinto-me muito só."
Agora ele está doente, muito doente. Em seus últimos
momentos sua mão se estende para apanhar a seringa subcutânea que está sempre à
sua cabeceira. Ele a inspeciona, a introduz na pele, e tenta pressionar o
êmbolo. Mas está muito fraco e chama uma enfermeira para ajudá-lo.
Olhando para aquele patético esqueleto quem imaginaria ser
ele um dos homens mais ricos mundos? Mas ele era. Era rico e poderoso. Possuía
bilhões de dólares. Mas em breve somente o dinheiro permaneceria. Seus
assessores iriam colocá-lo no avião, em segredo e com subterfúgios, como
sempre, mas Howard Hughes morreria antes de chegar a Dallas.
Com toda a sua riqueza, com todo o seu poder, podemos dizer
que era um homem livre?
Agora vamos para o segundo homem. É um oficial da artilharia
russa em combate na Alemanha. A história acontece poucos meses antes do final
da Segunda Guerra Mundial. Um dia, de repente, a polícia militar o prende. Sua
ofensa? Em uma carta particular cometeu a indiscrição de se referir a Stalin de
forma pejorativa e os censores russos o apanharam.
Por isso, agora está sendo levado para fora da Alemanha – de
volta para a Rússia. Passará os próximos onze anos, em prisões, em campos de
concentração, exilado. Perderá todos os bens, todos as condecorações, todos os
direitos.
Mas ao perder tudo, encontra a liberdade. Ele escreve sobre
a abençoada experiência vivida dentro de uma cela de prisão como o "reino
celestial do espírito liberado", como "engolir o elixir da
vida". Para o mundo Aleksandr Solzhenitsyn se tornaria um símbolo do espírito
liberado – um espírito que grades e paredes, trabalhos forçados e fome,
xingamentos e privações, não conseguem aniquilar.
Estranho, não é? O prisioneiro encontrou a verdadeira
liberdade ao perder tudo. E essa é maneira de encontrar a liberdade em Jesus.
ORAÇÃO
Jesus que dá significado à minha existência. Lembra-me hoje
que a verdadeira liberdade está no interior e não no exterior. Unido a Ti nada
pode me derrotar.
Autor: William G. Johnsson
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