Como Jesus Tratava as Pessoas
A mulher samaritana lhe perguntou: “Como o senhor, sendo
judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?” (Pois os judeus não se dão
bem com os samaritanos). João 4:9, NVI.
Uma das características do Evangelho de João é a sua
concentração nos encontros de Jesus com vários indivíduos. Em vez de descrever
muitos incidentes do ministério de Jesus, João seleciona alguns poucos
encontros e os narra em detalhes – Jesus e Nicodemos, Jesus e a mulher junto ao
poço, Jesus e o paralítico, Jesus e o cego de nascença, Jesus e Lázaro.
Embora Jesus tenha vindo salvar o mundo, Ele sempre tinha
tempo para apenas uma pessoa. Ele nunca estava ocupado demais ou cansado demais
a ponto de não ter tempo para falar acerca das necessidades mais profundas de
alguém. Jesus parece ter operado sob o princípio de que cumpriria melhor sua
missão demonstrando interesse em cada pessoa que encontrasse.
Que repreensão à nossa época! Estamos tão ocupados com
planos, estratégias e objetivos – até mesmo na igreja. Às vezes, com toda a nossa
atividade para Deus estamos simplesmente girando as engrenagens. As pessoas são
atendidas precariamente nos intervalos de nossas comissões e de nossos
programas, estamos tão envolvidos com os esquemas que nos esquecemos que a
forma como lidamos com as pessoas – cada pessoa – é muito importante no reino
de Deus.
A medida da grandeza de qualquer instituição ou Igreja é
como ela trata os elementos mais fracos existentes em seu meio. A prosperidade
e a força militar da América do Norte a tornam uma maravilha moderna, mas o que
dizer dos milhares jogados nas ruas oriundos de instituições para doentes
mentais, pessoas que não têm influência política e que não conseguem sequer
lidar com as pressões do dia-a-dia? E o que dizer dos não-nascidos? Dos idosos,
dos enfermos?
E na igreja: o que acontece com as minorias? Os analfabetos?
As Mulheres? Deve a igreja esperar até que um grupo se organize para exigir um
tratamento justo? Ou deve tratar a todos – especialmente os mais fracos – como
Jesus tratava as pessoas?
Tenho notado uma tendência curiosa entre os cristãos (e me
incluo). Formamos um grupo e nos dirigimos para outro país – digamos, para o
México – a fim de construir uma igreja ou um hospital. Enquanto lá estamos nos
misturamos às pessoas como nossos irmãos e irmãs. Mas o que acontece se
mexicanos se mudam para a nossa cidade ou bairro? Mantemos-nos tão distantes
deles quanto possível, talvez até nos referindo a eles com nomes que negam o
nosso Mestre!
ORAÇÃO
Ó Jesus. Você que ama a todas as pessoas, ajuda-me hoje a
tratar as pessoas no meu mundo, como você as tratou no Seu mundo. Ajuda-me,
especialmente, a considerar os fracos como Seus filhos e filhas.
Autor: William G. Johnsson
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