Cartas condenatórias
Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o
mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. João 3:17, NVI.
Eu tenho um arquivo de cartas não enviadas. Ocasionalmente
me sinto compelido a escrever uma "carta condenatória" para alguém,
mas o meu costume é nunca enviá-la no mesmo dia. Eu a deixo descansar por pelo
menos uma noite. Na manhã seguinte, ou várias manhãs depois, decido o que fazer
com ela – normalmente vai para o arquivo de cartas não enviadas!
Agora, em algumas ocasiões já enviei uma “carta
condenatória”. Depois de deixá-la repousando por uma noite ou mais, decidi
passá-la adiante. Normalmente, a carta foi formulada em resposta a algo que
recebi por correspondência.
Estou quase concluindo que todas as cartas condenatórias
seria melhor não serem enviados. Independentemente de quanto o destinatário
mereça ser colocado “em seu lugar”, independentemente do que ele ou ela possa
ter escrito, independentemente de todas as razões que eu possa reunir para
justificar o disparo da carta “marreta”, a verdade é que uma carta condenatória
contém muito do meu orgulho e muito pouco do espírito de Cristo.
Mas, você pode dizer, Jesus, por vezes, não falou
asperamente? O que dizer da série de ais proferidos contra os escribas e fariseus?
(Veja Mateus 23:13-36). Ele os chamou de hipócritas, guias cegos, serpentes e
raça de víboras!
Sim, mas Jesus sempre repreendia com amor. Quando expunha e
denunciava a falsa piedade e a hipocrisia, havia lágrimas em Sua voz. Ele
odiava o pecado, mas amava o pecador.
Outro ponto, Jesus não procurava justificar-se. Ele deixava
Seu caso nas mãos do Seu pai. "Aquele que me enviou está comigo; ele não
me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada" (João 8:29, NVI). E
ainda: "Não estou buscando glória para mim mesmo; mas, há quem a busque e
julgue" (verso 50, NIV).
Nosso papel não é condenar. Jesus veio não para condenar o
mundo, mas para salvá-lo.
Nosso papel não é julgar os outros. Somos demasiado
imperfeitos para essa tarefa. Ao contrário de Jesus, amamos o pecado e odiamos
o pecador.
Nosso papel não é defender a nós mesmos. Se depositarmos a
nossa vida totalmente nas mãos do Pai, como Jesus o fez, Ele cuidará de nós. E
se temos a Sua aprovação, por que nos preocupar com o que outros dizem?
ORAÇÃO
Querido Senhor, ensina-me hoje a viver pelo poder da vida de
Cristo. Entrego a minha vida a Ti. Torna-me paciente, lento para ficar magoado,
lento para julgar; rápido para perdoar, rápido para esquecer.
Autor: William G. Johnsson
Nenhum comentário:
Postar um comentário