Jesus e o Cego de Nascença
Ele respondeu: “Não sei se ele é pecador ou não. Uma coisa
sei: eu era cego e agora vejo!” João 9:25, NVI.
Este mendigo sem nome de Jerusalém é um dos meus personagens
favoritos da Bíblia. Todo o capítulo nono do Evangelho de João narra a sua
história – como Jesus o curou, e o que aconteceu depois disso. Em alguns
aspectos ele tem mais problemas depois que recebe de volta a visão do que
antes. Mas ele exibe um sólido senso comum que recusa curvar-se diante da farsa
teológica dos profissionais religiosos de Israel.
Até mesmo os discípulos de Jesus têm perguntas acerca dele.
Eles querem saber por que ele nasceu cego; o pecado havia sido dele (os rabinos
ensinavam que até mesmo um feto poderia pecar!), ou de seus pais? Para eles –
segundo os padrões teológicos da época – alguém deve ter pecado, pois Deus,
obviamente, tinha infligido uma punição sob a forma de cegueira.
Jesus rejeita essa linha de raciocínio. Não, ele diz, nem o
homem nem suas pais pecaram. A vida e a teologia são mais complexas do que
vocês imaginam.
Em seguida, Jesus cura o cego. Ele cospe no chão, faz lama
com a saliva, e a coloca nos olhos do homem. "Vá lavar-se no tanque de
Siloé", diz ele (verso 7). O homem faz isso – e passa a enxergar! Pela
primeira vez em sua vida, ele vê.
Uma história com um final feliz? Não exatamente. Nosso amigo
se torna o centro de uma controvérsia teológica.
Em primeiro lugar, os fariseus não gostam de Jesus. Eles não
estão dispostos a aceitar que ele seja o Messias. Este mendigo passa a ser um
incômodo. Ele não deveria ser capaz de ver agora – ainda mais se foi Jesus quem
supostamente o curou.
Então eles submetem o mendigo a um interrogatório
tendencioso. Talvez ele não fosse realmente cego antes. Talvez este não seja o
mesmo homem que costumava ficar sentado pedindo esmolas à beira da estrada.
Eles interrogam seus pais também: É este realmente o seu
filho? (Sim.) Será que ele realmente nasceu cego? (Sim.) Então como ele agora
consegue ver? (Não sabemos – pergunte a ele Deixe-nos em paz!)
Em segundo lugar, Jesus curou este homem no sábado. Essa é a
prova de que Ele não pode ser de Deus – Ele quebra o sábado.
Eles se voltam novamente para este homem em trapos – esta
criatura incômoda. "Que diz você a respeito dele? Foram os seus olhos que
ele abriu?” eles perguntam. “Ele é um profeta”, o homem responde (João 9:17,
NVI).
Mais tarde eles o chamam novamente. “Diga a verdade. Sabemos
que esse homem é pecador” disseram eles (verso 24, NIV).
Então veio sua resposta maravilhosa: "Não sei se ele é
pecador ou não. Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo!" (Verso 25, NIV).
Eles o expulsam da sinagoga – o excomungam. Mas não conseguem anular seu
testemunho – "Uma coisa sei."
Será que temos um testemunho a dar?
ORAÇÃO
Senhor Jesus, quero ter uma história para contar.
Aproxime-se de mim e faça algo maravilhoso em minha vida hoje.
Autor: William G. Johnsson
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