Como as pessoas vêem a Deus?
William G. Johnsson
Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e
não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o
Pai? João 14:9, ARA.
Um dia, ao estar em uma grande cidade em um país Oriental,
vi uma cena estranha.
Um grupo de homens se organizava em fila para um desfile
religioso. Cada ano no aniversário de um famoso professor de sua fé, eles se
reúnem a fim de marcharem pela cidade. Levam consigo instrumentos musicais e
objetos sagrados do santuário.
Os músicos começaram a tocar. A música ficou mais alta e
mais rápida, e alguns dos jovens começaram a dançar enquanto a procissão descia
a rua. Mais alto e mais rápido, mais alto e mais rápido – a dança tornou-se
frenética. Os dançarinos faziam uma pausa, e um a um se dirigiam ao sacerdote.
Seus rostos estavam transtornados, seus olhos pareciam soltar faíscas. Fiquei
surpreso ao observar que o sacerdote tinha em mãos espetos de metal com pelo
menos 15 centímetros de comprimento. Os dançarinos pegavam um espeto e o
forçavam através de uma bochecha até sair pela outra, ou atravessavam o nariz,
ou os lóbulos da orelha, ou a pele do peito. Alguns tinham vários espetos
atravessados na pele. Não gritavam, não faziam careta, não mostravam nenhum
sinal de dor. Não vi sangramento algum. Depois retornavam para a procissão,
para dançar com o mesmo frenesi selvagem.
Não era uma cena atraente para mim, e me afastei dela. Mas
permaneceu em minha memória e me levou a refletir na pergunta: Como essas
pessoas vêem a Deus?
A história atesta que a religião tem provocado os atos mais
bizarros. Em nome de Deus, guerras foram travadas, bebês sacrificados,
populações dizimadas. As pessoas têm se submetido a jejuns, mutilado a si
mesmas, deixado pais, cônjuges, filhos – tudo porque acreditavam que Deus
exigia isso deles.
Por esta razão, é extremamente importante saber como Deus
realmente é. Não podemos confiar em nossas impressões, nossa imaginação, nossas
vozes interiores, ou no que outros podem nos dizer. O assunto é demasiado importante
para confiar em qualquer fonte.
Jesus, a quem estamos focalizando nas mensagens deste ano, é
a revelação suprema de Deus. Ele nos mostra quem Deus realmente é.
"Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é
quem o revelou" João 1:18, ARA).
Não sabemos qual palavra Jesus usou quando nos disse para
chamarmos a Deus de Pai, pois estava falando em aramaico e o Novo Testamento
foi escrito em grego. Mas em dois lugares Paulo utiliza uma palavra aramaica,
Abba (Romanos 8:15, Gálatas 4:6), para referir-se a Deus. Esta palavra é um
termo de profunda afeição, que poderíamos traduzir como "Papai".
Jesus estava mostrando como deve ser o nosso sentir em
relação a Deus. Pensemos nele como um pai, como alguém que cuida de nós da
maneira mais dedicada possível.
Que Deus!
ORAÇÃO
Jesus revelador. Mostra-me a beleza dos sentimentos de Deus
para comigo a fim de que eu possa amá-lo de todo o coração.
Autor: William G. Johnsson
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