Uma Cruz Divina
Jesus respondeu: "Não terias nenhuma autoridade sobre
mim, se esta não te fosse dada de cima. Por isso, aquele que me entregou a ti é
culpado de um pecado maior". João 19:11, NVI.
Quando Pilatos na sala de julgamento se gabava de sua
autoridade, Jesus lhe deu uma resposta surpreendente. "O senhor só tem
autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus", Ele disse (João
19:11, NTLH). Além disso, no Jardim do Getsêmani, no momento da Sua prisão,
quando os discípulos estavam dispostos a defendê-Lo, Ele disse a Pedro:
"Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora
mesmo doze exércitos de anjos?" (Mateus 26:53, NTLH).
Essas idéias alteram drasticamente a nossa concepção da
cruz. Foi claramente mais do que um desatino da justiça romana, mais do que um
trágico fracasso judaico. De alguma maneira Deus estava por trás da morte de
Jesus.
Jesus, na verdade, esperava pela cruz. Meses antes, ele
havia falado acerca de sua morte em Jerusalém (Mateus 16:22, 23). Ao longo do
Seu ministério, Ele falou da sua “hora", ou "o meu tempo", o
qual "ainda não chegou" (João 7:6, 30, 8:20), referindo-se aos
eventos finais da Sua vida. Quando entrou em sua última semana Ele sabia como a
mesma terminaria. "Chegou a hora de ser glorificado o Filho do
homem", disse Ele (João 12:23, NVI). E concluiu – "Mas eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim" (versículo 32, NVI).
Então, em certo sentido, nem os Romanos nem os Judeus
mataram Jesus. Nem Pilatos nem os principais sacerdotes teriam tido poder sobre
ele sem a permissão dEle.
Ao longo dos séculos os romanos erigiram dezenas de milhares
de cruzes. Mas essa cruz permanece sozinha em sua singularidade. Foi uma
execução – mas muito mais do que isso. Na morte de Jesus Deus estava
desdobrando um plano divino. "Cristo morreu pelosnossos pecados" –
essa era a afirmação dos primeiros cristãos (1 Coríntios 15:3). Ele provou a
morte por todo homem – assim eles criam e pregavam (Hebreus 2:9, 10). Ele veio
"dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:28, NVI).
Agora começamos a entender o mistério que envolve a cruz –
um divino mistério. Os sofrimentos físicos, embora intensos, foram os menos
doídos para Jesus. Uma aguda angústia mental e espiritual invadiu o Seu ser.
Seu grito agonizante de desolação – "Meu Deus, meu Deus, por que me
desamparaste?" (Mateus 27:46) – foi o grito de uma alma que se encontra à
beira do abismo da não existência eterna.
Portanto, a cruz é uma cruz divina. Através do Seu terrível
sofrimento Jesus morre vicariamente. Ele não está sendo punido por Deus, até
porque Deus o enviou (João 3:16). Ao contrário, através dessa cruz, Deus está
"reconciliando consigo o mundo" (2 Coríntios. 5:19, NVI).
Ao estarmos sentados observando a Jesus, as respostas
surgiram lentamente. Elas nos surpreenderam. E a quarta resposta é um choque.
Estamos preparados para ouvi-la?
ORAÇÃO
Senhor Jesus, assim como a Tua vida foi um desdobrar da vontade
do Pai, faze com que minha vida hoje esteja em harmonia com a Tua vontade.
Autor: William G. Johnsson
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