Getsêmani
William G. Johnsson
Estando angustiado, ele orou ainda mais intensamente; e o
seu suor era como gotas de sangue que caíam no chão. Lucas 22:44, NVI.
Uma ocasião Satanás veio até Jesus no deserto. No início da
missão do Salvador, ele ofereceu-lhe um atalho diabólico para o reino. Mas
Jesus se apegou à Palavra de Deus e venceu o antigo inimigo, e então, conforme
dizem as Escrituras, "o diabo o deixou até ocasião oportuna." (Lucas
4:13, NVI).
Agora Satanás retorna. A batalha final e decisiva na
história de nossa redenção chegou – o momento para o qual o tentador estivera
se preparando por três anos. O que estava em jogo? O futuro da raça humana.
Por que Jesus ficou tão perturbado por essa luta? Porque lá
no Jardim do Getsêmani, Ele sentiu a agonia da separação do Seu pai. Aquele que
tinha desfrutado experiências de comunhão ininterrupta com o Pai na atmosfera
do amor puro e desinteressado do céu sentiu-se, pela primeira vez, desconectado
e sozinho.
Jesus se tornou nosso substituto – Ele tomou o nosso lugar.
Aquele que não conheceu pecado sentiu o horror do desagrado de Deus para com o
pecado . "Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que
nele nos tornássemos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21, NVI). Ele
experimentou a morte – não apenas provou o amargo cálice , mas bebeu-o até o
final – a favor de cada um de nós (Hebreus 2:9).
"Contemplai-O considerando o preço a ser pago pela alma
humana. Em Sua agonia, apega-Se ao solo frio, como a impedir de ser levado para
longe de Deus. O enregelante orvalho da noite cai-Lhe sobre o corpo curvado,
mas não atenta para isso. De Seus pálidos lábios irrompe o amargo brado:
"Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice." Mas mesmo então
acrescenta: "Todavia não como Eu quero, mas como Tu queres." (Mateus
26:39).
"A humanidade do Filho de Deus tremia naquela probante
hora. Não orava agora pelos discípulos, para que a fé deles não desfalecesse,
mas por Sua própria alma assediada de tentação e angústia. O tremendo momento
chegara – aquele momento que decidiria o destino do mundo. Na balança oscilava
a sorte da humanidade. Cristo ainda podia, mesmo então, recusar beber o cálice
reservado ao homem culpado. Ainda não era demasiado tarde. Poderia enxugar da
fronte o suor de sangue, e deixar perecer o homem em sua iniqüidade. Poderia
dizer: Receba o pecador o castigo de seu pecado, e Eu voltarei a Meu Pai.
Beberá o Filho de Deus o amargo cálice da humilhação e da agonia? Sofrerá o
Inocente as conseqüências da maldição do pecado, para salvar o criminoso?
Trêmulas caem as palavras dos pálidos lábios de Jesus: "Pai Meu, se este
cálice não pode passar de Mim sem Eu o beber, faça-se a Tua vontade."
(Mat. 26:42). (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações , pp. 687, 690).
Ele sofreu sozinho. Em seu momento de maior necessidade
procurou a companhia de amigos, mas não encontrou ninguém. Enquanto a salvação
deles e a nossa pendia na balança Eles dormiam. "O lagar, eu o pisei
sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo" (Isaías 63:3, ARA).
ORAÇÃO
Ó Divino Redentor que obteve a minha liberdade pela Tua dor,
ensina-me quão terrível é o pecado e quão grande é o poder do Teu amor.
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