Cenas da sala de julgamento
Quando Jesus veio para fora, usando a coroa de espinhos e a
capa de púrpura, disse-lhes Pilatos: “Eis o homem!” João 19:5, NVI.
Deixe-me esboçar para você três cenas dramáticas daquela
última sexta-feira da vida de Jesus, eventos que aconteceram entre cerca de
6h00 e 8h00 da manhã na sala de julgamento de Pilatos.
Cena 1: Os anciãos dos judeus chegam cedo, tiram Pilatos da
cama. Eles arrastam Jesus, amarrado, perante ele.
"O que vocês querem?", pergunta ele.
"Julgamos este homem e chegamos a conclusão de que é
digno de morte", eles respondem.
"Então vocês resolvam isso", diz-lhes Pilatos.
"Mas não temos permissão para decretar a pena de
morte", eles lembram Pilatos.
Pilatos vai à sala de julgamento do tribunal para
formalmente examinar a Jesus. Mas os líderes religiosos não entram na sala de
julgamento, porque não querem contaminar-se e assim ficarem impossibilitados de
comer a Páscoa! (João 18:28).
Você consegue imaginar isso? Pessoas ansiosas para matar um
homem inocente, mas escrupulosas a respeito de uma cerimônia religiosa! Quão
incoerente pode se tornar uma religião! Esta cena sugere que não há limite.
Cena 2: O prisioneiro em sua cela não nutre qualquer esperança.
Qualquer dia desses – certamente não muitos dias depois – ele ouvirá os passos
dos guardas se aproximando, da chave girando na fechadura, e eles irão levá-lo
embora. Qualquer dia desses a sua cruz lhe será entregue.
A mão de ferro de Roma não tolerava revoluções – e ele era
um rebelde. Eles o tinham apanhado, açoitado, e jogado na cadeia. Logo ele iria
ser pendurado em uma cruz romana, executada à vista das multidões de
transeuntes. Assim todos iriam entender a mensagem: não tente se opor a Roma!
Passos. Eles estão vindo! A chave gira na fechadura. Acabou!
O guarda o agarra, mas ao invés de arrastá-lo para ser executado, solta os
grilhões que o prendem. Ele o conduz até o portão da prisão e o liberta.
Barrabás, assassino, e revolucionário, contra todas as
expectativas é libertado.
Mais tarde será que alguém dirá a Barrabás que Pilatos
queria libertar Jesus, mas que os líderes religiosos gritaram para que ele
fosse liberto? Será que caminhando fora dos portões da cidade ele verá as três
cruzes e no centro a cruz que deveria ter sido dele?
Cena 3: Disse-lhes Pilatos: "Eis o homem!" (João
19:5).
"Ali estava o Filho de Deus, com as vestes da zombaria
e a coroa de espinhos. Despido até à cintura, as costas mostravam-Lhe os longos
e cruéis vergões, de onde corria o sangue abundantemente. Tinha o rosto
manchado de sangue, e apresentava os sinais da exaustão e dor; nunca, no
entanto, parecera mais belo" (O Desejado de Todas as Nações, p. 735).
Que homem! Que Salvador!
ORAÇÃO
Querido Jesus, a Tua disposição de ir até as últimas
conseqüências a fim de salvar a humanidade enche o meu coração de admiração.
Como Tu és lindo! Aceite a minha gratidão e o meu amor.
Autor: William G. Johnsson
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