Simão de Cirene
Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e
o forçaram a carregar a cruz. Mateus 27:32, NVI.
Depois de Pilatos ter dado ouvido aos gritos da multidão e
ter entregado Jesus aos soldados para a crucificação, eles o levaram para ser
chicoteado, prelúdio costumeiro de toda execução. O chicote romano não era um
açoite comum; tiras de couro com pedaços de metais e ossos cortavam
profundamente as costas nuas do prisioneiro.
Agora Jesus começa a sua última marcha. A cabeça
ensangüentada pela coroa de espinhos, a face desfigurada pelos violentos
golpes, o sangue escorrendo dos lábios inchados, as costas dilaceradas. Roma
aproveita para dar o seu último alerta à população: o condenado de Roma não
apenas irá morrer sobre uma cruz, mas deverá levá-la pelas ruas da cidade até o
local da execução.
Jesus tropeça, cai sob o peso da cruz. Não porque é um
fracote – algo que Ele não é, Seus músculos bem formados evidenciam anos de
trabalho duro – mas porque os acontecimentos das últimas 12 horas drenaram as
Suas forças. Além da dor, da traição e do abandono, além da dor dos golpes na
cabeça e da flagelação pelos soldados, Ele carrega algo mais pesado do que uma
cruz romana. Ele carrega os pecados do mundo, e eles estão partindo o Seu
coração.
O prisioneiro permanece caído com a Sua cruz em cima dele. O
que fazer? Os soldados certamente não carregarão o símbolo do supremo desagrado
de Roma. Então eles vêem um transeunte, Simão de Cirene, entrando na cidade
para a Páscoa. Eles lhe ordenam levantar a cruz e carregá-la atrás de Jesus.
Simão de Cirene – finalmente encontramos um caráter
encorajador entre o elenco sombrio dessa triste manhã de sexta-feira. A
Escritura diz que ele era "o pai de Alexandre e de Rufo" (Marcos
15:21), aparentemente pessoas bem conhecidas entre os primeiros cristãos a quem
os escritores do Evangelho primeiro enviaram seus relatos inspirados sobre
Jesus. Ou seja, Simão de Cirene, com o passar do tempo se tornou um crente e
seus filhos também.
"O conduzir a cruz ao Calvário foi-lhe uma bênção e,
posteriormente, mostrou-se sempre grato por essa providência. Isso o levou a
tomar sobre si a cruz de Cristo por sua própria escolha, suportando-lhe sempre
animosamente o peso" (O Desejado de Todas as Nações, p. 742).
Em meio à crueldade daquela última sexta-feira algumas
pessoas encontrariam salvação. A cruz, que trouxe a tona o mal radical da
natureza humana, também trouxe nova vida para diversas pessoas – um Simão de
Cirene, um ladrão que estava morrendo, um soldado romano. Eles foram os
primeiros frutos da colheita prevista pelo próprio Jesus "E eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo" (João 12:32, ARA).
Simão encontrou a salvação, levando a cruz de Jesus. Estou
disposto a levar essa cruz hoje?
ORAÇÃO
Senhor sofredor, forte e corajoso, quero hoje tomar a Tua
cruz e Te seguir bem de perto.
Autor: William G. Johnsson
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